Duolingo dispensa funcionários e os substitui por inteligência artificial
App de idiomas anunciou corte de 10% de terceirizados, atribuindo a decisão ao uso eficiente de ferramentas de IA
A plataforma de educação Duolingo anunciou o corte de 10% de seus contratados em meio a uma adoção crescente de ferramentas baseadas em inteligência artificial (IA) na empresa.
A empresa negou que se trate de uma substituição direta. Um porta-voz da companhia, entretanto, afirmou à Bloomberg na última segunda-feira (8) que a redução do número de colaboradores deve-se à menor necessidade de mão de obra para tarefas anteriormente realizadas pelos contratados, em parte devido à incorporação da IA.
“Simplesmente já não precisamos de tantas pessoas para fazer o tipo de trabalho que alguns destes empregados estavam a fazer", disse.
O corte atingiu terceirizados e nenhum empregado efetivo foi afetado, segundo o Duolingo.
Em entrevistas anteriores, Luis von Ahn, CEO do Duolingo, se manifestou sobre o potencial da IA em tornar os computadores melhores educadores do que os humanos.
O Byte contatou o Duolingo para colher posicionamento mas, até o fechamento desta nota, não havia obtido resposta.
Mulheres sofrerão mais impacto da IA no trabalho, diz estudo
Uma pesquisa da consultoria McKinsey & Co. mostrou que mulheres têm 1,5 vezes mais chances de precisarem mudar de emprego devido ao impacto da IA até 2030.
Com os avanços de tecnologias como o ChatGPT, o Google's Bard AI e o DALL-E, a previsão é que o setor de auxiliar de escritório sofra uma redução de até 3,7 milhões de vagas nos próximos sete anos. A área de atendimento ao cliente, outra muito afetada pela IA, pode ter 2 milhões de empregos a menos em 2030.
Apesar das previsões de perda de emprego, o estudo também projeta novas oportunidades de trabalho. A pesquisa da McKinsey prevê um aumento potencial de 3,8 milhões em empregos bem remunerados, além da transição de 3,5 milhões de postos de trabalho para setores mais verdes até 2030.