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É oficial: OMS anuncia fim da emergência sanitária na pandemia de covid-19

Três anos e milhões de vacinas depois, a OMS declara o fim do estado de emergência provocado pela pandemia da covid-19. Ainda é necessário conviver com o vírus

5 mai 2023 - 14h15
(atualizado às 17h15)
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Nesta sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declara, oficialmente, o fim do estado de emergência provocado pela pandemia da covid-19. Por mais de três anos, desde o começo de 2020, o coronavírus SARS-CoV-2 e as suas inúmeras variantes, como Delta e Ômicron, foram taxados como uma emergência sanitária global. Neste período, mudanças impensáveis na vida de todas as pessoas foram adotadas para salvar vidas, como isolamento social e o uso de máscaras. Também ocorreu uma das maiores campanhas globais, em tempo real, pela vacinação.

"Com grande esperança, declaro o fim da covid-19 como uma emergência de saúde global", afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em coletiva de imprensa. A decisão foi embasada nas análises do Comitê de Emergência, que se encontrou para discutir o cenário global da doença pela 15ª vez na quinta-feira (4).

A marca da pandemia da covid-19 no mundo

O anúncio do fim do estado de emergência associado à pandemia da covid-19 é um marco para a história recente da humanidade. Neste ponto, o diretor-geral da OMS lembra que a doença "virou nosso mundo de cabeça para baixo". Nas estatísticas oficiais, são pelo menos 7 milhões de mortes associadas ao coronavírus, "mas sabemos que o número é várias vezes maior — pelo menos 20 milhões", pontua.

Tedros também recorda que a doença pandêmica "causou grande agitação social, com fronteiras e escolas fechadas, e milhões de pessoas experimentando a solidão, o isolamento, a ansiedade e a depressão".

Em outro campo, a doença expôs "falhas políticas, dentro e entre as nações", acrescenta. Além disso, "erodiu a confiança entre pessoas, governos e instituições, alimentada por uma torrente de desinformação e desinformação", detalha o diretor-geral da OMS.

Foto: Fernando Zhiminaicela/Pixabay / Canaltech

Por fim, a pandemia da covid-19 também "revelou as desigualdades gritantes do nosso mundo, com as comunidades mais pobres e vulneráveis sendo as mais atingidas e as últimas a receber acesso a vacinas e outras ferramentas", defende.

Por que a OMS declarou o fim do estado de emergência?

É verdade que, em muitos países, incluindo o Brasil, as medidas adotadas para conter a transmissão do vírus da covid-19 já tinham sido abandonadas há tempos. No entanto, a OMS, com o seu olhar global, entendia que a questão ainda se tratava de uma emergência de saúde. Neste período entre fases, foi possível confirmar a redução dos riscos de novos colapsos nos sistemas de saúde — em Manaus, vivemos está tragédia.

"Por mais de um ano, a pandemia está em tendência de queda, com a imunidade da população aumentando devido à vacinação e infecções [prévias], a mortalidade diminuindo e a pressão sobre os sistemas de saúde caindo. Essa tendência permitiu que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes", explica Tedros sobre o atual cenário.

A covid-19 não é mais perigosa para a saúde?

Embora a decisão deva ser comemorada, é preciso pontuar: o fim do estado de emergência da pandemia não implica no desaparecimento do vírus da covid-19. Na semana passada, a doença ainda matava uma pessoa a cada três minutos e milhares de pessoas continuam a ser internadas para tratar a infecção. Em paralelo, alguns indivíduos aprendem a conviver com as sequelas duradouras da doença, a covid longa.

"Este vírus veio para ficar. Ainda está matando e ainda está mutando. Permanece o risco de surgirem novas variantes que causam novos surtos de casos e mortes", acrescenta o diretor-geral da OMS. Por isso, os sistemas construídos para conter a pandemia devem ser adaptados para a nova realidade, incluindo os grupos de cientistas que investigam as mutações do coronavírus.

"O que esta notícia significa é que é a hora dos países fazerem a transição do modo de emergência para o de gerenciamento da covid-19 junto de outras doenças infecciosas", finaliza Tedros.

É o fim da pandemia?

Em termos técnicos, o fim da emergência de saúde pública de interesse internacional (PHEIC) não deve ser traduzido como o fim da pandemia da covid-19. Isso porque a doença continua a ter circulação global, mesmo que em números muito mais baixos. O estado pandêmico será encerrado quando esta não for mais uma ameaça comum para a maioria dos países, o que ainda não há prazo para ocorrer. Neste momento, é possível que a infecção pelo coronavírus se torne uma endemia, ou seja, uma doença que gera anualmente um número estimado de casos em determinada época do ano.

Vale lembrar que, desde janeiro de 2020, quando a doença ainda era associada a um "vírus misterioso" que causava pneumonia, o Canaltech esteve cobrindo todos os desdobramentos da covid-19 nas mais variadas áreas, incluindo a tecnologia e a saúde. Hoje, é um feliz marco nesta história.

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