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Eclipse solar: Nasa lançará foguetes para estudar atmosfera da Terra

Objetivo é medir mudanças nos campos elétrico e magnético, além de obter dados sobre densidade e temperatura

13 out 2023 - 16h52
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NASA: cientistas inspecionam preparação dos instrumentos que serão levados por foguetes ao espaço
NASA: cientistas inspecionam preparação dos instrumentos que serão levados por foguetes ao espaço
Foto: NASA’s Wallops Flight Facility/Berit Bland

A Nasa lançará três foguetes durante o eclipse solar anular de 2023, aguardado para este sábado (14). O objetivo da agência espacial dos EUA é estudar como a queda repentina da luz solar afeta a atmosfera superior.

Com o eclipse solar anular nas Américas, o Sol escurecerá para 10% de seu brilho normal, deixando apenas um "anel de fogo" de luz solar.

O plano é lançar três foguetes em sucessão: um cerca de 35 minutos antes do eclipse de pico local, um durante o eclipse de pico e outro 35 minutos depois. Eles voarão fora do caminho da anularidade, onde a Lua passa diretamente em frente ao Sol. 

Cada foguete implantará quatro pequenos instrumentos científicos na ionosfera para medir mudanças nos campos elétrico e magnético, densidade e temperatura dessa área do espaço.

A missão deve estudar a dinâmica do plasma solar durante o eclipse que pode impactar as comunicações por radiofrequência. As turbulências desse tipo podem interromper sinais de satélites, GPS, operadores de rádio ou radares em todo o mundo.

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O que avaliar na ionosfera?

A ionosfera é a camada da atmosfera acima de 50 quilômetros de altitude, onde o componente UV da luz solar pode afastar elétrons dos átomos para formar um mar de íons e elétrons voando alto. A energia constante do Sol mantém as partículas mutuamente atraídas separadas ao longo do dia.

Por sua vez, os eclipses solares criam ondas de distúrbios em partículas eletricamente carregadas na ionosfera da Terra.

Essas serão as primeiras medições simultâneas feitas a partir de vários locais da ionosfera durante um eclipse solar.

A missão de foguetes de sondagem da Nasa, conhecida como Perturbações Atmosféricas em torno do Caminho do Eclipse (APEP, na sigla em inglês), é liderada por Aroh Barjatya, professor de física de engenharia na Embry-Riddle Aeronautical University, em Daytona Beach, Flórida (EUA).

"Todas as comunicações via satélite passam pela ionosfera antes da chegada à Terra", explica Barjatya. “À medida que nos tornamos mais dependentes de ativos espaciais, precisamos entender e modelar todas as perturbações na ionosfera.”

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Fidelidade de dados

Os foguetes de sondagem têm potencial para identificar e medir regiões específicas do espaço com alta fidelidade de dados, bem como as mudanças que acontecem em diferentes altitudes. As medições acontecem entre 70 a 325 quilômetros acima do solo.

O lançamento será no Novo México, onde também serão notadas as faixas brilhantes dos próprios foguetes. Após a missão, eles serão recuperados e relançados da instalação de voo Wallops da Nasa, na Virgínia, em 8 de abril de 2024, quando um eclipse solar total cruzará os EUA.

Não é a primeira vez que a Nasa envia foguetes em períodos de eclipse. A agência fez algo similar em 1970, quando lançaram 25 foguetes em 15 minutos. Mas, na ocasião, os equipamentos eram usados principalmente para fins meteorológicos.

Fonte: Redação Byte
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