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Fabricantes de TVs ultra HD buscam conteúdos para atrair consumidores

7 jan 2014 - 16h59
(atualizado às 17h07)
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<p>LG mostra sua primeira TV de 105 polegadas com tela curva e ultradefini&ccedil;&atilde;o na CES</p>
LG mostra sua primeira TV de 105 polegadas com tela curva e ultradefinição na CES
Foto: EFE

Os fabricantes de aparelhos de televisão de ultra alta definição, vedetes da feira anual de eletrônicos de consumo de Las Vegas, buscam incansavelmente desenvolver conteúdos compatíveis para atrair consumidores.

Os grandes grupos de eletrônica multiplicarão suas demonstrações no Salão Internacional de Eletrônica de Consumo (CES), inaugurada nesta terça-feira, para exibir uma qualidade de imagem com incrível nitidez e com grande contraste.

Tendo em vista o principal evento do ano, a final da Copa do Mundo no Brasil, Samsung e LG apresentam seus aparelhos de TV ultra HD de tela plana com 2,66 metros de diagonal.

As também denominadas tevês 4K, em referência à resolução de suas telas, que se aproximam dos 4 mil pixels (com frequência 3.840 x 2.160), estão na vanguarda da tecnologia desde o ano passado, promovidas pelos fabricantes que não hesitam em elogiar sua qualidade "cinematográfica".

No entanto, a aquisição desses aparelhos continua limitada, com vendas mundiais esperadas para este ano entre 2 e 2,5 milhões de unidades, segundo a Associação de Eletrônica de Consumo dos Estados Unidos (CEA).

Um dos principais entraves destacados pelos especialistas é a falta de conteúdos adaptados que justificariam um verdadeiro investimento nesses televisores.

"É um clichê dizer que o conteúdo é rei, mas quando falamos da televisão 4K ultra HD, é ele quem reina sobre as decisões dos consumidores", comentou Mike Lucas, encarregado da divisão de eletrodomésticos da Sony.

Assim, o grupo japonês e outros fabricantes pegaram o touro pelos chifres e anunciaram na segunda-feira associações destinadas a aumentar o volume de conteúdos ultra HD.

A LG Electronics e a Sony contam, em grande parte, com a Netflix. Seus novos aparelhos de TV devem permitir assistir a partir deste ano em streaming (sem download) a filmes e séries disponibilizados em 4K pela empresa americana.

Além da Netflix, a Samsung também anunciou uma associação com o serviço de vídeo online da Amazon e com grupos de televisão como Comcast e DirectTV para reforçar a oferta de conteúdos com a esperança de "acelerar a adoção dos consumidores", destacou em um comunicado.

"O streaming será a principal forma pela qual os consumidores receberão os conteúdos 4K", assegurou Reed Hastings, diretor-geral da Netflix, ao destacar que seu grupo desenvolverá sua oferta de vídeos filmados e pós-produzidos em 4K. Esse será o caso da segunda temporada de sua popular série original "House of Cards".

A Amazon também anunciou recentemente que produzirá séries em formato ultra HD, enquanto o site de vídeos YouTube prevê fazer demonstrações de difusão de conteúdos 4K no CES.

Outros pequenos atores vêm neste setor uma grande oportunidade de crescimento.

A empresa californiana Nanotech apresenta no CES um reprodutor denominado Nuvola que permitirá assistir a vídeos 4K provenientes de grandes sites de streaming ou de sua biblioteca própria. Além do acesso a conteúdos, a Nanotech aponta outro problema do HD: os volumosos arquivos que complicam a transmissão.

Segundo um de seus fundadores, David Foley, a vantagem do Nuvola é que se adapta à qualidade da rede do usuário, que "não precisa de uma rede especial como a fibra".

Já a americana Dolby propõe uma tecnologia Dolby Vision, que promete uma imagem com cores e contrastes mais realistas, também compatíveis com telas ultra HD.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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