Em 1 ano, Brasil cai 2 pontos em índice de casas conectados à internet
Segundo a nova pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta terça-feira (16), o índice em 2022 foi de 80% contra 82% em 2021
O número de domicílios brasileiros com acesso à internet caiu dois pontos percentuais em relação a 2021. Segundo a nova pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta terça-feira (16), o índice em 2022 foi de 80% contra 82% em 2021. O auge foi em 2020, com 83%.
O levantamento, realizado anualmente pelo Comitê Gestor de Internet no Brasil (CGI.br), usou como amostra 23.292 domicílios que responderam aos técnicos, entre junho e outubro de 2022.
A maioria das residências está conectada por cabo ou fibra ótica: cerca de 38 milhões. Depois vêm as redes móveis, com 10 milhões; e a banda larga fixa, com 5 milhões. Cerca de 7 milhões não sabiam ou não responderam à pergunta sobre o tipo de conexão.
Isso mostra como a conexão banda larga por cabo e fibra cresceram no país. Em 2015, a mesma pesquisa mostrava a banda larga comum como o principal meio de acesso, com 15 milhões de domicílios, contra 8 milhões de cabo e fibra. Houve, portanto, uma migração de clientes de um para o outro ao longo dos anos.
Na área urbana do Brasil, 82% do total de casas têm algum tipo e acesso, e na rural, 68% delas. Por região, a mais conectada é a Centro-Oeste, com 83%; no Sudeste, 82%; Sul, 81%; Nordeste, 78%; e Norte, 76%.
Em número de usuários de internet, a pesquisa encontrou 149 milhões de pessoas (cerca de 81% da população brasileira) com algum acesso. Houve um pequeno crescimento em relação a 2021, onde foram encontrados 148 milhões.
Na frequência de uso, 142 milhões disseram usar todos os dias ou quase todos; 7 milhões tinhham outras frequências de uso; e 36 milhões disseram não usar.
Os "sem-internet"
A pesquisa encontrou 15 milhões de residências sem acesso à internet. No tópico de principal motivo para a asência dela nas casas entrevistadas, os respondentes afirmaram que:
- O preço pelo serviço era muito caro (28%);
- Já 26% falaram em falta de habilidade para usar a web;
- 16%, falta de interesse;
- 7%, falta de necessidade;
- 7% tinham acesso em outro lugar;
- 5% queriam evitar conteúdo perigoso;
- 5% tinham preocupações com segurança e privacidade;
- 3% afirmaram não ter computador;
- e 3%, falta de disponibilidade para usar.
Um ponto interessante sobre a desigualdade econômica pelo país é que, dos que achavam a internet cara, 48% eram da região Norte, contra 23% do Sul.
Celular, o aparelho favorito
O telefone celular confirmou a tendência dos últimos anos como o aparelho preferido do público para acessar a web. Foram 99% dos respondentes confirmando que entram na internet por ele nos últimos três meses.
Em segundo lugar, bem mais atrás, está a TV, com 55%. Outros produtos usados são o computador (38%), o console de videogame (10%) e "outros" (1%).