Empresa brasileira usa robôs e drones para aumentar produção de energia solar
Robôs especializados na limpeza de painéis fotovoltaicos são apostas da AES Brasil
A energia solar continua liderando a expansão da matriz elétrica e a AES Brasil investe em inovações tecnológicas para aumentar a eficiência da produção nos complexos solares de São Paulo.
A energia solar continua liderando a expansão da matriz elétrica no Brasil. Somente neste ano, o país instalou mais de 3.500 MW de potência, com a inauguração de 93 novas centrais solares fotovoltaicas, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Para aumentar a eficiência da produção em dois de seus principais complexos solares no estado de São Paulo, a AES Brasil tem apostado em inovações tecnológicas, como drones de monitoramento e robôs especializados na limpeza de painéis fotovoltaicos.
A empresa foi pioneira no Brasil ao adotar o uso de robôs na limpeza de painéis solares.
“Essas tecnologias têm contribuído para uma melhor performance dos equipamentos, redução do tempo de atividade e dos custos operacionais, além de garantir mais segurança aos nossos colaboradores”, afirma Alexandre Bezdiguian, coordenador da Operação de Usinas Solares da AES Brasil.
Como funciona
Nos períodos de seca, a maior quantidade de poeira no ar, associada a focos de incêndio, leva ao acúmulo de partículas sobre os painéis solares, o que reduz a captação de luz solar e, consequentemente, a produção de energia.
Para enfrentar esse desafio, a AES Brasil recentemente adquiriu dois novos robôs para a limpeza de mais de 550 mil módulos solares nos complexos de Ouroeste e Guaimbê, que juntos têm capacidade instalada de 328,3 MW.
Esses robôs são cinco vezes mais eficientes que os anteriores, capazes de limpar até 20 mil painéis por dia — o equivalente a 4 mil por hora.
O acúmulo de sujeira não apenas afeta a produção, mas também pode gerar “pontos quentes” nos painéis, que reduzem sua vida útil. Para solucionar esse problema, a empresa passou a utilizar drones que, em apenas cinco horas, inspecionam os complexos e identificam esses pontos críticos.
Além disso, os drones facilitam a detecção de “strings” (fileiras de módulos conectados em série) que possam estar fora de operação, eliminando a necessidade de uma análise manual de dados.
“Com a adoção dessas tecnologias, calculamos um aumento de 50% na eficiência operacional, graças à agilidade na identificação de problemas e reparo de falhas”, acrescenta Alexandre Bezdiguian.