Empresa chinesa apresenta drone capaz de levar passageiros de forma autônoma
As cenas futurísticas que mostram passageiros cruzando os céus em veículos particulares voadores estão cada vez mais próximas da realidade. Pelo menos é o que a Ehang, fabricante chinesa de drones, está prometendo.
Em 2016, a empresa apresentou na CES a ideia de um drone tripulado e autônomo que poderia revolucionar a mobilidade. Agora, dois anos depois, apareceram as primeiras imagens do que seria esse quadricóptero.
Por enquanto, o drone está na fase final de testes. A empresa já fez mais de 1.000 voos experimentais com passageiros humanos, sob parâmetros que simulavam situações reais. O drone alcançou 300 metros de altura, levando cargas que somavam 230 kg.
Nessas condições, o Ehang 184, como o drone foi batizado, teve autonomia de 15 km a uma velocidade máxima de 130 km/h.
Para completar as variáveis de teste, o drone viajou sob condições climáticas diferentes. Enfrentou temperaturas altas, neblina, ventos fortes e voos noturnos. A avaliação da empresa é que os experimentos foram positivos.
A Ehang tem na cabeça a palavra-chave mobilidade. Por isso, seu objetivo é transformar o 184 em um táxi aéreo, capaz de transportar passeiros em áreas urbanas.
Testes em Nevada
A apresentação oficial estaria marcada para o World Government Summit, que acontece em Dubai de 11 a 14 de fevereiro, mas ainda não está confirmada, segundo um porta-voz da empresa.
Dubai deve ver também o Volocopter, drone similar ao 184 produzido pela empresa alemã de mesmo nome.
A companhia chinesa tem ainda uma carta na manga. A Ehang já recebeu permissão do Estado de Nevado, nos Estados Unidos, para testar o drone, o que poderia abrir o caminho para o mercado norte-americano.
Autonomia em voo
O Ehang 184 é totalmente elétrico e comporta um passageiro em sua cabine. O modelo terá autonomia de 16 km ou cerca de 23 minutos de voo. É também autônomo, mas um piloto humano pode assumir o comando remotamente em caso de necessidade.
Segundo a empresa, o drone é capaz de traçar rotas e identificar obstáculos. Ainda terá melhorias, como a possibilidade de o passageiro assumir o controle.