Empresa do ChatGPT se diz preocupada com inteligência artificial
Sam Altman expressou preocupações sobre os riscos da inteligência artificial, incluindo a disseminação de desinformação e a falta de medidas de segurança
O CEO da OpenAI, Sam Altman, falou em entrevista à ABC News na quinta-feira (16.mar.2022) sobre os riscos da inteligência artificial para o mundo, destacando a importância de se ter cautela com os avanços da nova tecnologia.
- A OpenAI é a empresa por trás do ChatGPT. Na última terça-feira (14.mar), a empresa anunciou o lançamento do GPT-4, o novo modelo de linguagem que promete menos erros, mais precisão e uma capacidade ainda maior de se assemelhar a um ser humano.
"Temos que ter cuidado aqui", disse Altman durante a entrevista. "Eu acho que as pessoas deveriam ficar felizes que estamos um pouco assustados com isso".
Altman defendeu a necessidade de reguladores e a sociedade de maneira geral se envolverem com o ChatGPT e insistiu que o feedback é o que ajudará a frear possíveis consequências negativas que essa tecnologia pode ter.
DESINFORMAÇÃO. O executivo expressou sua preocupação de que modelos de IA sejam usados para disseminar desinformação em larga escala, alertando sobre o que eles chamam de "problema da alucinação", em que o GPT pode afirmar informações inventadas como se fossem fatos.
A versão atual do ChatGPT tem a tendência de sempre concordar com usuários e já replicou até mesmo discurso de ódio.
SEGURANÇA. Altman também se preocupa com outras empresas produzindo modelos de linguagem sem medidas de segurança, que poderiam permitir a disseminação de informações perigosas, como o processo de fabricação de bombas caseiras. Ele propõe que a sociedade "brinque" com os modelos de linguagem enquanto os riscos são baixos, para que as empresas possam aprender como as pessoas usam esses chatbots.
ROUBO DE EMPREGO? Uma das maiores preocupações atualmente é se a IA roubará postos de trabalho de seres humanos. Aparentemente, esta também é uma angústia do CEO da OpenAI. Mas ele advertiu que ferramentas como o ChatGPT, por ora, devem ser vistas como assistentes ao invés de substitutos e que a sociedade deve começar a discutir propostas de regulamentação desde já.
"A criatividade humana é ilimitada e sempre encontramos novos empregos e novas coisas para fazer", disse ele.