Empresa quer usar IA para desvendar doenças a partir de exames de sangue; entenda
Objetivo é identificar pacientes que têm até três vezes mais riscos para câncer de mama
A Huna, startup brasileira, está desenvolvendo uma tecnologia que usa IA para diagnosticar doenças crônicas, como o câncer de mama e Alzheimer, durante os estágios iniciais a partir de exames de sangue.
A Huna, startup brasileira fundada por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está desenvolvendo uma tecnologia que utiliza inteligência artificial (IA) para analisar dados de exames de sangue e detectar doenças crônicas em estágios iniciais.
A empresa já obteve resultados promissores em testes para identificar o câncer de mama, Alzheimer e covid-19. As informações são da Agência Fapesp.
Detecção precoce e personalizada do câncer de mama
Um dos principais projetos da Huna é o desenvolvimento de um método para detectar tumores de mama com até quatro anos de antecedência, a partir de um simples hemograma.
De acordo com a companhia, o objetivo é identificar pacientes que têm até três vezes mais risco que o típico para a doença.
Essa tecnologia tem o potencial de salvar vidas, pois o diagnóstico precoce do aumenta significativamente as chances de cura.
Para se ter ideia, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimou 73.610 casos novos de tumores de mama em 2023, com um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
Como funciona?
A Huna utiliza algoritmos de inteligência artificial para analisar padrões sutis nos exames de sangue que podem indicar a presença de uma doença.
A empresa busca tornar sua solução acessível ao Sistema Único de Saúde (SUS), já que o hemograma é um exame barato e rotineiro. Além do câncer de mama, a empresa também está desenvolvendo modelos para detectar outras doenças crônicas, como Alzheimer e doenças cardíacas.
A Huna conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e de investidores privados para o desenvolvimento de sua tecnologia.
A startup também está buscando parcerias com hospitais, laboratórios e operadoras de saúde para testar e a tecnologia — e reconhece que o método não substitui os exames tradicionais para identificar o câncer.