Empresário acusa fundador do Uber de roubar sua ideia
Kevin Halpern diz que base para o popular app de transporte é o Celluride, aplicativo de caronas que ele criou em 2006
Somando-se à de taxistas e autoridades de regulamentação em vários lugares do mundo, o aplicativo de transporte Uber agora enfrenta mais uma oposição: um processo relativo a propriedade intelectual que corre na Justiça americana.
A startup tecnológica mais bem-sucedida do planeta, com valor estimado de US$ 40 bilhões, está sendo objeto de um processo no Supremo Tribunal de São Francisco por roubo de segredos comerciais.
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Um empresário chamado Kevin Halpern afirma que o diretor executivo (CEO) do Uber, Travis Kalanick, roubou dele a ideia de criar um serviço de 'caronas' com motoristas particulares.
Halpern disse que contou os detalhes da empresa que estava desenvolvendo - a Celluride - a Kalanick quando ambos trabalhavam em escritórios próximos, no ano de 2006.
"Kalanick criou uma réplica exata da Celluride e chamou de Uber", disse Halpern em um vídeo publicado no Youtube sob o nome "O Grande Roubo do Uber", onde explica a suposta apropriação de sua ideia por parte do empresário.
Na versão dele, ambos discutiram "a enorme oportunidade de negócios no mercado do transporte privado, sobre a qual ele não tinha a menor ideia naquele momento".
"Kalanick foi muito bom e ganhou minha confiança", afirmou Halpern.
O processo também atinge o co-fundador do Uber, Garrett Camp, e investidores que financiaram a ideia.
Segundo declarações do advogado da parte acusadora, Christopher Dolan, ao jornal San Francisco Chronicle, Halpern "passou sete anos desenvolvendo a tecnologia que está na base do aplicativo Uber".
'Infundadas'
Um porta-voz do Uber, porém, negou as acusações. "São completamente infundadas. Nós defenderemos (esta tese) com vigor", disse.
O Uber foi fundado em 2009 com o valor de US$ 2,5 bilhões. De lá para cá, seu valor de mercado passou a superar o de outras empresas tecnológicas, como Twitter e Linkedin.
Não é a primeira vez que grandes empresas tecnológicas são processadas por motivos semelhantes. Isso já aconteceu com produtos do Google, Facebook, o iPhone da Apple, entre outros exemplos.
Halpern disse que ele e Kalanick tinham acordo de confidencialidade verbal, segundo o site especializado em tecnologia Cnet.com. E que ambos se reuniram em várias ocasiões para falar sobre o financiamento da nova empresa e o estabelecimento de uma possível relação de negócios.