Empresário quer fone de ouvido que exploda cérebro de usuário que perder em jogo
Dono da Oculus, Palmer Luckey, está desenvolvendo fone que pode matar quem perder em jogo de videogame
Já imaginou se você morresse de verdade quando perdesse um jogo de videogame? Ao que parece, o cofundador da empresa Oculus, Palmer Luckey, está levando isso ao extremo com um cruzamento inovador e perigoso entre vida real e realidade virtual (RV): um fone de ouvido que pode literalmente matar alguém que perder no jogo.
Num post em seu blog, Luckey descreve o "Incidente SAO", um evento fictício de uma série de anime chamada “Sword Art Online”, em que 10.000 jogadores ficam presos em uma realidade virtual, sendo 4.000 os que acabariam mortos como resultado de suas mortes no jogo.
Na ficção, o Incidente SAO começa no dia 6 de novembro de 2022, e para marcar esse aniversário, Luckey contou sobre sua própria criação de "play-or-die" — jogue ou morra, na tradução livre.
"A ideia de unir sua vida real ao seu avatar virtual sempre me fascinou — você imediatamente eleva as apostas ao nível máximo e força as pessoas a repensarem fundamentalmente como interagem com o mundo virtual e os jogadores dentro dele", escreveu Luckey.
E destaca ainda: “Gráficos animados podem fazer um jogo parecer mais real, mas apenas a ameaça de sérias consequências pode fazer um jogo se sentir real para você e todas as outras pessoas no jogo”.
O empresário defende que essa é uma área de mecânica de videogames que nunca foi explorada, apesar da velha história de esportes do mundo real que giram em torno de apostas semelhantes.
Como funcionam os fones de ouvidos assassinos
Os fones de ouvido desenvolvidos por Luckey são chamados NerveGear e usam rajadas de microondas de alta intensidade para matar seus usuários. É uma abordagem mais cinética para cérebros derretendo.
O dispositivo tem três cargas explosivas embutidas, posicionadas diretamente sobre a testa do usuário e conectadas a um "fotosensor de banda estreita", projetado para detectar um tom particular de vermelho. Quando o indivíduo morre no jogo, a cor pisca e as cargas disparam" destruindo instantaneamente o cérebro do usuário".
Depois de deixar o Facebook, que havia adquirido a Oculus por US$ 2 bilhões (R$ 10,3 bilhões na cotação atual) em 2014, Luckey fundou uma empresa de tecnologia de defesa chamada Anduril Industries, que desenvolve sistemas de defesa autônomos para os militares dos EUA e torna mais fácil para eles colocarem as mãos em coisas que explodem.
Luckey também diz em seu post que o fone "deve realmente estar ligado a um agente de alta inteligência que pode facilmente determinar se as condições para o término estão realmente corretas", sendo "o término" a morte do usuário.
"Neste momento, é apenas uma obra de arte de escritório, um lembrete instigante de caminhos inexplorados no design de jogos. É também, até onde eu sei, o primeiro exemplo de não-ficção de um dispositivo RV que pode realmente matar o usuário”, afirmou o empresário.
Ele entende que há uma enorme variedade de falhas que podem ocorrer e matar o usuário na hora errada, por isso ainda não utiliza o sistema ele mesmo – o que o convence de que é necessário um agente de alta inteligência para fazer essas verificações corretamente e não matar ninguém por acidente.
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