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Empréstimo pressiona fusão entre Oi e Portugal Telecom

14 jul 2014 - 16h44
(atualizado às 17h07)
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Investidores da Portugal Telecom e em especial do Grupo Oi, com quem a companhia está em processo de fusão, devem saber até terça-feira se os mais de US$ 1 bilhão emprestados em abril para um veículo da família Espírito Santo serão pagos dentro do prazo.

Os temores de um default por parte da holding Rioforte já deixaram os brasileiros nervosos, que disseram não ter conhecimento do empréstimo. Mas uma revelação de que executivos da Portugal Telecom, na qual a família tem uma fatia significativa, sabiam que o Espírito Santo tinha problemas antes de disponibilizar o dinheiro poderia levantar novas questões.

O empréstimo de 897 milhões de euros em notas promissórias com vencimento em 3 meses nesta semana foi acordado por gestores da Portugal Telecom em um reunião em abril, disseram à Reuters pessoas familiares com o tema. Apesar dos problemas dos donos da Rioforte terem vindo a conhecimento público em maio, eles disseram que os executivos da Portugal Telecom já sabiam que eles enfrentavam algumas dificuldades.

Ainda assim eles transferiram os valores, os quais a Portugal Telecom vinha mantendo em caixa ou em instrumentos de curto prazo ligados a contas bancárias, adicionaram as fontes. Em 30 de junho, a companhia disse que as duas emissões de notas promissórias de 3 meses pagaram um retorno médio anual de 3,6%.

A Portugal Telecom se recusou a comentar se os executivos sabiam das dificuldades da Espírito Santo International (ESI) ou porque a empresa comprou notas promissórias da Rioforte, 100% detida pela ESI e dona de ativos que vão de hotéis a plantations tropicais.

A Rioforte não comentou sobre seus planos de ressarcimento. Ela deve reembolsar 847 milhões de euros na terça-feira e 50 milhões na quinta-feira à Portugal Telecom, na qual o Banco Espírito Santo (BES) tem uma fatia de 10%. O BES é detido indiretamente e parcialmente pela Rioforte e disse que pode enfrentar perdas devido à sua exposição à família.

Não houve comentários imediatos do Grupo Oi. A companhia criticou duramente a Portugal Telecom por não divulgar previamente o acordo do empréstimo que complicou a fusão com os problemas do grupo Espírito Santo e do BES, o maior banco listado em bolsa em Portugal, que balançou a confiança do investidor no país e agitou o mercado de ações em todo o mundo.

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