Encontraremos alienígenas em até 20 anos, diz astrônomo britânico
Sasha Hinkley acredita ser "cada vez mais provável" que vida alienígena seja encontrada em breve por novas tecnologias
Em até 20 anos, instrumentos de exploração espacial como o Telescópio Espacial James Webb devem descobrir vida alienígena em mundos distantes. É o que afirma Sasha Hinkley, professor associado de astrofísica na Universidade de Exeter, na Inglaterra.
Segundo o acadêmico, está se tornando “cada vez mais provável” que sinais reveladores de vida extraterrestre sejam encontrados dentro das próximas décadas.
- O candidato mais provável para encontrar a novidade deve ser o James Webb;
- Além de coletar imagens impressionantes do universo, o equipamento de US$ 10 bilhões é equipado com rastreadores das chamadas "bioassinaturas";
- Trata-se dos indícios de vida deixados em outros planetas, como gases emitidos por seres vivos.
"'A probabilidade de vida existir de alguma forma no universo é bastante alta. Na verdade, eu diria que parece cada vez mais provável que a detecção de vida em um exoplaneta aconteça durante a minha vida", diz, em um artigo publicado no portal The Spectator.
O especialista explica, entretanto, que encontrar vida pode ser menos parecido com filmes de ficção científica do que se espera.
"A detecção de vida em outro planeta não significa necessariamente que existe uma civilização alienígena em outro planeta, nem que estamos prestes a ter alguma forma de comunicação com tais formas de vida", acrescentou.
O mais provável será a constatação de desequilíbrios químicos nos planetas que, naturalmente, não existiriam de outra forma que não seja a presença de elementos vivos, mesmo que microscópicos.
Vida em outros planetas
Hinkley acredita que o sistema planetário Trappist-1 carrega as melhores chances de protagonizar a grande descoberta. Ele está a cerca de 40 anos-luz da Terra e carrega sete planetas com tamanhos similares ao nosso lar oribitando uma estrela fraca e fria, com tamanho aproximado de Júpiter.
Três desses planetas estão na chamada "zona habitável" da estrela, uma área em que propriedades físicas da superfície do planeta permitem a existência de água líquida.
"Esforços já estão em andamento para atingir esses três planetas com o telescópio James Webb para procurar o que os cientistas chamam de 'bioassinaturas", diz o cientista.