Enquanto o petróleo despenca, algo chamativo acontece nos postos de gasolina: os preços não estão caindo
Segundo o Boletim Petrolífero da Comissão Europeia, as margens de refino diminuíram, mas houve aumento no transporte, nos impostos e nas margens comerciais
A guerra tarifária de Trump colocou a economia mundial em xeque e a primeira vítima desse fogo cruzado foi o petróleo. Essa situação provocou uma queda nos preços dos barris de petróleo, que passaram a custar menos de 60 dólares (R$ 351). Notícias assim costumam vir acompanhadas de um alívio nas bombas de combustível. Desta vez, não foi o que aconteceu.
A pressão sobre o barril
Nesses quatro primeiros meses do ano, o preço do petróleo teve uma tendência de queda devido à produção excessiva tanto por parte dos Estados Unidos quanto dos membros da OPEP+, mas a queda não foi muito acentuada por conta do fechamento de algumas refinarias. No entanto, a tempestade perfeita veio com as tarifas, que fizeram despencar os preços dos barris de Brent e WTI a níveis que não se viam desde 2020.
Recentemente, a Agência Internacional de Energia (IEA) reduziu em um terço sua previsão de crescimento da demanda mundial de petróleo para este ano, passando de 1,03 para 730 mil barris por dia, principalmente por causa da guerra comercial entre EUA e China, segundo o The Guardian. Além disso, em um comunicado recente, oito países da OPEP+ começaram a reverter parcialmente seus cortes de produção, o que aumentou a pressão sobre os preços.
Mas por que não há queda no preço da gasolina? Porque o preço do barril é apenas uma parte do custo final do litro de gasolina. Segundo o Boletim Petrolífero da Comissão Europeia, os custos de refino e distribuição diminuíram, mas houve aumento no transporte, ...
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