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Entregadores processam Amazon após terem que fazer xixi em garrafas

Funcionários alegam que a empresa não fornece intervalos adequados para ir ao banheiro

25 mai 2023 - 17h03
(atualizado às 17h15)
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Motoristas de entrega entraram com uma ação coletiva contra a Amazon
Motoristas de entrega entraram com uma ação coletiva contra a Amazon
Foto: fdr

A Amazon deverá responder por uma ação coletiva após três motoristas de entrega no Colorado (EUA) alegarem, na segunda-feira (22), que sofreram violações das leis trabalhistas e práticas discriminatórias como não serem autorizados a fazer pausas para ir ao banheiro.

A denúncia alega que os motoristas de entrega são forçados a urinar e defecar em sacolas e garrafas na parte de trás das vans de entrega, “tudo para que a Amazon possa manter seus cronogramas de entrega vertiginosos e lucros recordes”, de acordo com um comunicado do escritório de advocacia Towards Justice.

De acordo com os motoristas, a Amazon torna praticamente impossível para os funcionários parar de trabalhar por alguns minutos, e tem um controle rígido sobre eles para mantê-los no caminho certo por meio de uma elaborada tecnologia de vigilância no local de trabalho que monitora suas localizações o tempo todo.

 Eles alegam que a empresa rastreia como eles fazem longas pausas entre as paradas e até os vigiam dentro dos veículos por meio de câmeras que monitoram seus movimentos oculares.

“Lutei por este país no Iraque, mas foi mais fácil ir ao banheiro em uma zona de combate do que enquanto trabalhava para a Amazon.” disse Ryan Schilling, um dos três motoristas que estão processando a empresa.

Schilling diz que teve que defecar em sacos de lixo de cachorro na parte de trás das vans de entrega. "Eu sabia que, se tentasse parar para ir a um posto de gasolina, levaria uma bronca e talvez perderia meu emprego. Que escolha os motoristas da Amazon têm?”, questiona.

O que diz a Amazon

A empresa não se manisfetou publicamente sobre o assunto, mas o porta-voz da Amazon, Sam Stephenson, disse ao Motherboard em um comunicado que a empresa encoraja os "parceiros de serviços de entrega a apoiar seus motoristas".

Isso inclui, segundo ele, dar aos motoristas o tempo necessário para pausas entre as paradas, fornecer uma lista no aplicativo Amazon Delivery de banheiros e postos de gasolina próximos e criar rotas para usar o banheiro ou fazer pausas mais longas".

Essa, no entanto, não é a primeira vez que a Amazon é alvo de denúncia dos funcionários. No ano passado, motoristas revelaram que urinavam em garrafas. Na época, a porta-voz Maria Boschetti, disse: "nos comunicamos ativamente e lembramos aos motoristas que é importante que eles façam suas pausas. Os motoristas de entrega têm dois intervalos de 15 minutos e um intervalo de 30 minutos por dia e também recebem notificações no aplicativo a cada duas horas, caso não tenham feito um intervalo".

Os advogados de defesa dos três motoristas alegam que "nenhum trabalhador deveria ter que pedir permissão para ir comprar produtos sanitários”.

“Nenhum trabalhador deveria ter que usar um saco de lixo de cachorro para defecar durante o trabalho. É desumano e ilegal", afirmou Valerie Collins, advogada do Towards Justice, no comunicado.

Fonte: Redação Byte
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