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Erupções de partículas do Sol podem devastar nossa camada de ozônio; entenda

Cientistas fazem alerta sobre eventos de partículas solares e seus riscos para a atmosfera e o DNA humano

22 jul 2024 - 11h00
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Aurora boreal fotografada nas montanhas Karkonosze, na Polônia (Imagem: Reprodução/Daniel Koszela)
Aurora boreal fotografada nas montanhas Karkonosze, na Polônia (Imagem: Reprodução/Daniel Koszela)
Foto: Canaltech

Eventos de partículas solares (SPEs, na sigla em inglês) são erupções de prótons diretamente da superfície do Sol que podem devastar a nossa camada de ozônio.

Em artigo, os cientistas Alan Cooper, professor da Charles Sturt University, e Pavle Arsenovic cientista sênior da University of Natural Resources and Life Science, falaram sobre os riscos destes fenômenos ao nosso planeta. O texto foi publicado originalmente no site do The Conversation Brasil.

A cada mil anos, mostram estudos, a Terra é atingida por um evento de partículas solares extremo, que pode causar danos graves à camada de ozônio e aumentar os níveis de radiação ultravioleta (UV) na superfície.

"Analisamos o que acontece durante um evento extremo desses em um artigo publicado recentemente. Também mostramos que, em momentos em que o campo magnético da Terra está mais fraco, esses eventos podem ter um efeito dramático sobre a vida em todo o planeta", escreveram os cientistas.

Escudo magnético

O campo magnético da Terra fornece um escudo de proteção essencial para a vida, desviando a radiação eletricamente carregada do Sol. 

No entanto, este campo muda muito com o tempo. No século passado, o polo magnético norte percorreu o norte do Canadá a uma velocidade de cerca de 40 quilômetros por ano, e o campo enfraqueceu mais de 6%, segundo os especialistas.

"Em maio, não muito tempo depois da aurora, um forte evento de partículas solares atingiu Marte. Esse evento interrompeu a operação da sonda Mars Odyssey e causou níveis de radiação na superfície de Marte cerca de 30 vezes mais altos do que os que você receberia em uma radiografia do tórax". 

Erupção dos prótons

A atmosfera externa do Sol emite um fluxo constante e flutuante de elétrons e prótons conhecido como “vento solar”. 

Os prótons são muito mais pesados que os elétrons e carregam mais energia, por isso atingem altitudes mais baixas na atmosfera da Terra, excitando as moléculas de gás no ar. Entretanto, essas moléculas excitadas emitem apenas raios X, que são invisíveis a olho nu.

Centenas de eventos fracos de partículas solares ocorrem a cada ciclo solar (cerca de 11 anos), mas os cientistas encontraram vestígios de eventos muito mais fortes ao longo da história da Terra

Aurora boreal no Canadá: fenômeno também inclui riscos a satélites e serviços de comunicação e localização
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Foto: Martina Gebrovska/Bachford Lake Lodge/Divulgação / Estadão

Menos ozônio, mais radiação

Além de seus efeitos imediatos, os eventos de partículas solares podem dar início a uma cadeia de reações químicas na atmosfera superior que pode reduzir o ozônio. O ozônio absorve radiação solar ultravioleta mais intensa, que pode prejudicar a visão e também o DNA (aumentando o risco de câncer de pele), além de influenciar o clima.

"Em nosso novo estudo, usamos grandes modelos de computador da química atmosférica global para examinar os impactos de um evento de partículas solares extremo. Descobrimos que esse tipo de evento poderia reduzir os níveis de ozônio por um ano ou mais, elevando os níveis de radiação UV na superfície e aumentando os danos ao DNA", disseram os estudiosos em artigo.

No entanto, se um evento de prótons solares ocorresse durante um período em que o campo magnético da Terra estiver muito fraco, os danos ao ozônio durariam seis anos, aumentando os níveis de UV em 25% e elevando a taxa de danos ao DNA induzidos pelo Sol em até 50%, explicaram.

Qual é a probabilidade dessa combinação mortal de campo magnético fraco e eventos de partículas solares extremos? Considerando a frequência com que cada um deles ocorre, parece provável que aconteçam juntos com relativa frequência.

"Estamos apenas começando a explorar o papel da atividade solar e do campo magnético da Terra na história da vida", concluíram os cientistas.

Fonte: Redação Byte
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