Especialista explica por que celulares não foram afetados pelo apagão cibernético
Arquitetura diferente, atualizações e outras aplicações tornam smartphones mais resistentes
Um grande apagão cibernético atingiu diversas partes do mundo, afetando sistemas de computador, bancos, voos e até mesmo as operações das Olimpíadas de Paris, nesta sexta-feira (19). No entanto, os serviços de telefonia móvel, para surpresa de muitos, permaneceram intactos.
O especialista em cibersegurança e Gestão de Riscos Claudinei Elias, Partner e CEO da Ambipar ESG, explicou ao Byte por que ocorre essa resiliência dos celulares:
1. Arquiteturas diferentes:
Os sistemas operacionais móveis, como iOS e Android, possuem arquiteturas distintas dos sistemas computacionais tradicionais.
Essa diferença os torna menos suscetíveis às mesmas falhas de segurança que causaram o apagão.
2. Distribuição de atualizações:
As atualizações para os sistemas móveis são distribuídas de maneira diferente e geralmente possuem mecanismos de recuperação robustos.
Isso significa que, mesmo que uma falha de segurança seja identificada, é menos provável que ela cause um impacto generalizado nos serviços.
3. Isolamento de aplicações:
Nos dispositivos móveis, as aplicações geralmente operam em silos, isoladas umas das outras. Essa característica limita a propagação de falhas, impedindo que um problema em um aplicativo comprometa todo o sistema.
Ainda que os smartphones não tenham sido diretamente afetados pelo apagão, algumas operações como serviços de bancos e apps ficaram instáveis.
Especialistas alertam que esse evento serve como um lembrete da importância da segurança cibernética em todas as áreas da tecnologia.