Esta empresa transforma poluição do ar em fios para roupas; entenda
Ideia é capturar o CO2 da indústria têxtil imitando a forma como as árvores respiram
A empresa norte-americana de têxteis de carbono negativo Rubi Laboratories e a marca de moda dinamarquesa Ganni revelaram o piloto de uma parceria ambiental: um fio feito de CO2 que é considerado neutro em água e terra.
Para isso, a empresa captura o composto dos fluxos de resíduos das instalações de fabricação usando seu sistema de enzimas patenteado. Ele também é capaz de capturar e converter o carbono de uma entrada de gás em qualquer concentração e até mesmo do ar.
Além da Ganni, a Rubi anunciou parcerias estratégicas com marcas como H&M, Patagonia, Reformation e Nuuly no início deste ano. A intenção era criar roupas com os fios à base de CO2.
"Nosso processo imita como as árvores funcionam: as árvores respiram CO2 e usam enzimas – proteínas que ajudam as reações – a converter o CO2 em polímeros de carbono fortes no tronco e nas folhas chamados celulose", diz Neeka Mashouf, cofundadora e CEO da Rubi, ao site Fast Company.
Ao ser capturado pela startup, o dióxido de carbono é convertido em celulose, que pode ser usada para criar fios à base de viscose. Ao utilizar enzimas como catalisadores, a Rubi diz ser capaz de transformar 100% do carbono injetado nos reatores em um produto final com zero desperdício.
Se em algum momento a empresa conseguir substituir toda a viscose utilizada na indústria da moda, o produto final com carbono também poderá ser adotado em outras áreas. Alguns exemplos disso seriam pneus automotivos, alimentos, embalagens e materiais de construção.