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Estamos perto de ter hotéis no espaço? Preço seria estupidamente caro

Acordos recentes mostraram que o caminho para termos hotéis no céu está cada vez mais curto, mas preços exorbitantes podem fazer não vingar

8 out 2022 - 05h00
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Axiom Space, a Blue Origin e a Northropp Grumman possuem projetos de hotéis no espaço
Axiom Space, a Blue Origin e a Northropp Grumman possuem projetos de hotéis no espaço
Foto: ESA/NASA-T. Pesquet

A rede de hotéis Hilton fechou uma parceria em setembro com a estação espacial das empresas Voyager e Lockheed Martin, Starlab, para desenvolver suítes e dormitórios no espaço. A ideia  O acordo atestou o momento mais próximo que já chegamos da existência de hotéis espaciais.

Mas apesar de ser uma surpresa para muitos, outras negociações também estão em voga. A Nasa já estabeleceu acordos com três companhias que estão criando estações espaciais: a Blue Origin, a Axiom Space e a Northropp Grumman. Além de promoverem o turismo espacial, elas pretendem servir como base para astronautas e pesquisadores.

O contrato mais caro do setor é o da Starlab, que será operada pela Nanoracks: US$ 160 milhões (mais de R$ 827 milhões) investidos. E não vai demorar tanto para acontecer: a pretensão é que já esteja funcionando em um período de cinco anos, ou seja, em 2027. Já para 2030, o plano da Nasa é fechar a Estação Espacial Internacional, o que deve aumentar a demanda do setor. 

Você se hospedaria no espaço por US$ 8 milhões?

A Blue Origin, do criador da Amazon e bilionário Jeff Bezos, anunciou sua própria estação espacial em outubro de 2021: a Orbital Reef. Assim como a Starlab, ela também será inaugurada em 2027, com 830 metros cúbicos e uma capacidade de até dez pessoas.

Os preços para a hospedagem não foram divulgados, mas levando em conta o valor das viagens espaciais pela Blue Origin – US$ 8 milhões (R$ 40 milhões) por assento – não devemos esperar que seja barato. Além disso, as viagens espaciais só ocorrem a partir de leilões ou casos especiais. 

Valor das viagens espaciais da Blue Origin é de US$ 8 milhões, então a estadia em seus hotéis espaciais deverá ser cara
Valor das viagens espaciais da Blue Origin é de US$ 8 milhões, então a estadia em seus hotéis espaciais deverá ser cara
Foto: ESA/NASA-T. Pesquet

O lançamento da estação da Orbital Reef vai ter até lançamento no cinema, com a ficção científica “Helios”, da Centerboro Productions, com previsão de início das filmagens para 2023. A história é sobre uma tripulação que tenta salvar a estação espacial após uma explosão solar. 

Os planos da empresa Axiom Station também já estão definidos. E com mais detalhes: já se sabe que oito dias na estação vão custar US$ 55 milhões (o equivalente a mais de R$ 281 milhões). E talvez não dê tempo de economizar até lá, porque essa estação espacial está mais próxima de acontecer: seu lançamento será em 2024.

O único voo comercial para fora da órbita foi lançado pela Axiom neste ano. A empresa já tem dois módulos acoplados na Estação Espacial Internacional, que, apesar de usados para fins científicos, deverão ser reaproveitados e modificados com a inauguração da estação.

Phillipe Stark, referência no design contemporâneo, está à frente do projeto. Suas ilustrações, divulgadas em 2018, dão algumas pistas: ambiente espaçoso, internet rápida, televisões, janelas e um observatório para o espaço. 

A Northropp Grumman também está na corrida. Para financiar a futura estação “Northropp Grumman Comercial Space Station” (ou Estação Espacial Comercial Northropp Grumman), a Nasa já fez um financiamento de US$ 125,6 milhões (mais de R$ 640 milhões), ainda que o foco dela seja bem mais o turismo espacial do que a pesquisa científica. 

A ideia da Northropp Grumman é se diferenciar das outras empresas com um projeto mais restrito: são apenas oito vagas em uma gravidade próxima da Terra, com experiência semelhante ao que vemos na ficção científica. A empresa acredita que assim irá se diferenciar do projeto mais “pop” das suas concorrentes.

Até agora, não houve muitas notícias a mais sobre a quantas anda o desenvolvimento do projeto e não se sabe ainda quanto a empreitada custará para possíveis clientes.

Modelo da Estação Espacial Internacional, da Nasa
Modelo da Estação Espacial Internacional, da Nasa
Foto: Flickr / Victor Hamberlin

Talvez não se sustente por muito tempo

Ainda que a Northropp Grumann tenha afirmado que seus concorrentes tenham projetos mais populares, sabemos que nenhuma das propostas apresentadas pelas empresas é acessível. Todas são caríssimas e possíveis apenas para os muito ricos. Por isso, a viabilidade dos hotéis espaciais a longo prazo ainda é questionada, e não se sabe por quanto tempo de fato esses hotéis poderão se sustentar. 

Considerando os hotéis “terrenos”, o mais caro do mundo é o Royal Penthouse. Uma única diária no quarto mais caro, na cobertura do prédio, é US$ 65 mil (cerca de R$ 332 mil). Na Axiom, que já definiu seus preços, uma noite valeria aproximadamente US$ 7 milhões (mais de R$ 36 milhões) — um valor 107 vezes maior. 

Ou seja, com o valor que se gasta em uma noite no espaço, é possível passar três meses e meio no melhor hotel do mundo. E ainda que a Axiom seja a única com maior definição de preços, a projeção é que as outras apresentem a mesma faixa de valores, e com acomodações bem menores que as de hotéis do nosso planeta.

Apesar de a maioria das empresas terem projetos para preços exorbitantes, a Virgin Galactic já anunciou pretender lançar passageiros comuns no espaço por US$ 250 mil (R$ 1,3 milhão por pessoa), preço bem menor que os anunciados por suas concorrentes.

Opções mais "baratinhas"

E o projeto para a estação Voyager, da Orbital Assembly, também parece um pouco diferente do restante: a pretensão é que ela acomode 400 hóspedes e 112 tripulantes, ou seja, muito mais pessoas do que planejam as outras empresas. Assim como algumas de suas concorrentes, a Voyager pretende lançar sua estação em 2027.

Mas esse não é o único projeto para hotéis espaciais da Orbital Assembly. A empresa também lançará o novo conceito Pioneer Station, que abriga 28 pessoas e poderia ser viável já em três anos. O objetivo, segundo a Orbital, é administrar um "parque de negócios" no espaço com escritórios e turistas.

Fonte: Redação Byte
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