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Este robô cozinheiro eficiente pode dar início a ondas de desemprego

Empresa Miso Robotics lançou robô Flippy 2, que frita batatas; três grandes redes de fast food já compraram, mas têm medo de anunciá-lo

7 out 2022 - 16h48
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Robô Flippy 2 é capaz de fritar alimentos como batatas, cebolas e frangos de forma eficiente e rápida
Robô Flippy 2 é capaz de fritar alimentos como batatas, cebolas e frangos de forma eficiente e rápida
Foto: Youtube / Miso Robotics

A empresa Miso Robotics, do sul de Pasadena (EUA), poderá revolucionar a forma com a qual estamos acostumados a trabalhar. Ela lançou comercialmente nesta semana o robô Flippy 2, capaz de fritar batatas, cebolas e o que mais você imaginar.

Para se ter uma ideia do que isso representa, algumas redes de fast food já toparam ter o novo "empregado" em suas cozinhas.

Capaz de cozinhar várias receitas ao mesmo tempo e agilizar pedidos do drive thru, o Flippy 2 tem alertado para a possibilidade de provocar demissões. Com ele, serão necessários menos funcionários nas cozinhas dos restaurantes.

Lembrando uma linha de produção de veículos, o robô, com seu grande braço robótico dirigido por câmeras e um computador equipado com inteligência artificial, retira as batatas congeladas do freezer, mergulha-as no óleo quente e depois as tira da fritadeira e as coloca prontas numa bandeja. 

"Quando um pedido chega pelo sistema do restaurante, ele automaticamente envia as instruções para Flippy", disse o presidente-executivo da Miso, Mike Bell, em entrevista. E acrescentou: “Ele faz isso mais rápido, com mais precisão e de forma mais confiável que a maioria dos humanos”.

Bell também comentou que "o Flippy 2 está “ainda mais feliz em realizar sua tarefa" do que os humanos.

Um dos pontos que expressam a complexidade do robô é que ele tem um sistema chamado Autobin, que permite que cada cesta seja personalizada de acordo com o pedido. Ou seja, ele pode preparar cestas de batatas, onion rings, vegetais e peixes empanados.

Mas nem tudo são flores. O Flippy 2 ainda precisa de humanos em vários pontos de seu funcionamento, tanto no ponto inicial, de contato com o produto, até quando os alimentos são colocados nas cestas. Um ou dois funcionários são exigidos em várias etapas.

Por outro lado, uma vantagem para as empresas é que, diferentemente dos humanos, os robôs não se importariam com uma carga muito grande de trabalho – então ainda vale tentar investir e melhorar a tecnologia.

Junto com a White Castle, a Miso também está envolvida em projetos-piloto com outras marcas nacionais, e e trabalha para chegar em um mercado de US$ 278,6 bilhões (R$ 1,4 bilhão).

Desenvolvimento do Flippy e projetos futuros

Segundo a Miso, foram cinco anos para desenvolver o Flippy 2. Seu nome vem da sua versão anterior (de 2020), apenas “Flippy”, que virava hambúrgueres na chapa. Depois dele, os desenvolvedores perceberam que havia uma necessidade a ser preenchida também na estação de alimentos fritos, principalmente durante a noite, em que se concentram os “horários de pico”.

Ainda de acordo com a empresa, a atividade do Flippy 2 “diminui o potencial de gotejamento de óleo e queima causada por cestas de elevação”. O robô, diz a Miso, também geraria um aumento do rendimento em 30%, com potencial de gerar até 60 cestas de batatas fritas por hora, mais do que o suficiente para atender o público desejado com mais eficiência.

O design do robô também ocuparia menor espaço nas cozinhas do que seu modelo anterior, com uma intrusão de corredor reduzida em 56% e uma altura menor em 13%.

Engenheiros da invenção podem ver os robôs por meio de uma tela em tempo real, que faz com que eles possam intervir e ajudar em eventuais problemas com os protótipos. Um dos próximos projetos da Miso é o Sippy, uma máquina criada para receber os pedidos das bebidas, encher os copos e servi-las. 

Fast foods temem repercussão negativa

Alguns fast foods dos EUA já adotaram o Flippy 2, como Jack in the Box, White Castle e Caliburger. Outras três grandes redes também adotaram, mas ainda não se sentem seguras para anunciar, já que a notícia pode gerar críticas sobre desemprego associado e precarização do trabalho, segundo artigo da ABC News.

"Eles temem que as pessoas pensem que os robôs estão roubando os empregos das pessoas", diz a reportagem da emissora de rádio australiana.

Para Mike Bell, as pessoas chegarão num ponto em que poderão olhar para trás e perguntar aos robôs atendentes: “Ei, você se lembra dos velhos tempos quando humanos costumavam fazer esse tipo de coisa?”. Segundo ele, “estes dias estão chegando... É apenas uma questão do quão rápido eles vão chegar".

Fonte: Redação Byte
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