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Este robô está aprendendo a costurar feridas; veja vídeo

Treinado em uma rede neural, o robô usa um par de câmeras para observar o ambiente

22 fev 2024 - 11h09
(atualizado às 11h24)
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Cientistas de Berkeley desenvolvem robô capaz de costurar feridas
Cientistas de Berkeley desenvolvem robô capaz de costurar feridas
Foto: Reprodução/YouTube/ Ajay Tanwani

Um robô cirúrgico, treinado em inteligência artificial, que tem a habilidade de costurar pontos sozinho, é um avanço em direção a sistemas que podem ajudar os cirurgiões nessas tarefas repetitivas.

Um vídeo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, mostra o robô de dois braços completando seis pontos seguidos em um ferimento simples em imitação de pele, passando a agulha pelo tecido e de um braço robótico para o outro, mantendo a tensão no fio. 

A nova pesquisa marca o progresso em direção a robôs que podem operar de forma mais autônoma em tarefas complexas, como a sutura.

“Do ponto de vista da robótica, esta é uma tarefa de manipulação realmente desafiadora”, disse Ken Goldberg, pesquisador da UC Berkeley e diretor do laboratório que trabalhou no robô, em artigo do MIT Technology. 

Desafios

Um dos desafios encontrados pelos pesquisadores é que objetos brilhantes ou reflexivos, como as agulhas, podem prejudicar os sensores de imagem de um robô. Além disso, os computadores também têm dificuldade em modelar como objetos “deformáveis”, como pele e linha, reagem quando cutucados.

Ao contrário de transferir uma agulha de uma mão humana para outra, mover uma agulha entre braços robóticos é um imenso desafio de destreza.

O sucesso do robô traz consigo ressalvas. A máquina registrou seis pontos completos antes que um humano tivesse que intervir, mas só conseguiu completar uma média de três pontos nos testes. 

O ferimento de teste foi limitado a duas dimensões, ao contrário de um ferimento em uma parte arredondada do corpo, como o cotovelo ou a articulação do dedo. 

Além disso, o robô só foi testado em “fantasmas”, uma espécie de pele falsa usada em ambientes de treinamento médico – e não em tecidos de órgãos ou pele de animais.

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Como ele funciona?

O robô usa um par de câmeras para observar o ambiente. Então, tendo sido treinado em uma rede neural, ele é capaz de identificar onde está a agulha e usar um controlador de movimento para planejar todos os seis movimentos envolvidos na confecção de um ponto. 

Axel Krieger, pesquisador da Universidade Johns Hopkins que não esteve envolvido no estudo, diz que o robô fez avanços impressionantes, especialmente na capacidade de encontrar e agarrar a agulha e transferi-la entre os braços.

Os pesquisadores buscam desafios diferentes para o robô. Krieger quer tornar o robô mais fácil de operar pelos cirurgiões (suas operações estão atualmente ocultas atrás de uma parede de código) e treiná-lo para lidar com suturas muito menores. 

Já Goldberg quer ver o robô de seu laboratório costurar formas de feridas mais complicadas e concluir tarefas de sutura com mais rapidez e precisão. 

Em breve, o laboratório passará dos testes em imitações de pele para pele de animal. O frango é o preferido. “O bom é que você simplesmente sai e compra frango no supermercado”, diz ele. “Não é necessária aprovação". 

Fonte: Redação Byte
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