Este robô quadrúpede tornou-se um goleiro de futebol melhor do que você
Pesquisadores de três universidades dos EUA ensinaram o robô Mini Cheetah do MIT a atuar como goleiro de futebol
Pesquisadores de três universidades dos EUA (California Berkeley, Instituto de Tecnologia da Georgia e
Simon Fraser) publicaram na semana passada um artigo sobre seus experimentos para ensinar o mini-robô Mini Cheetah do MIT a atuar como goleiro de futebol. Até aí tudo bem, mas eles também filmaram a atuação do craque sobre o travessão.
O desafio foi levar esse robô quadrúpede a tal comportamento, que combina movimentos bastante dinâmicos com manipulação precisa e rápida de um objeto não preênsil — sim, estamos falando da bola. E tudo isso deve ser em um período muito curto de tempo, geralmente menos de um segundo.
"Neste artigo, propomos resolver esse problema usando uma estrutura RL hierárquica livre de modelos", diz o artigo. RL é a sigla em inglês para aprendizado de reforço, isto é, colocar o robô para aprender por tentativa e erro, acumulando conhecimento sobre como agir e ganhando alguma recompensa sobre os acertos.
Os parâmetros do robô são definidos em um emulador, e o software do Cheetah conta com os movimentos passo lateral, mergulho e salto para bloquear a bola em seu caminho para o gol, calculando a trajetória durante a ação. O objetivo aqui é orientar o robô a mover-se para bloquear a bola em menos de um segundo.
"Semelhante à habilidade de mergulho, a habilidade de salto também requer que o robô levante seu corpo e balance suas pernas da frente para cima o mais rápido possível. Mas para o salto, o robô também precisa estender suas pernas de trás mais alto para interceptar a bola, quando está viajando para as regiões superiores da trave", explica o texto.
No vídeo, primeiro houve testes do robô contra um humano, e depois, um outro Mini Cheetah. Com o tempo, ele fica cada vez melhor. "Neste trabalho, focamos apenas na tarefa de goleiro, mas o quadro proposto pode ser estendido a outros cenários, como chutes de bola de futebol com multas habilidades."
Esse tipo de experimento não é para necessariamento transformar máquinas em atletas para a Copa do Mundo, mas basicamente para que se tornem mais ágeis para aplicações mais amplas. Um robô com tanto refléxo poderia, talvez, catar frutas maduras que caem das árvores antes de atingirem o chão, evitando perdas nas plantações.
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