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Estes sintomas incomuns na visão podem indicar Alzheimer

Artigo associa Alzheimer a uma condição chamada atrofia cortical posterior, que traz sintomas como falta de consciência espacial e dificuldade em ver movimentos

5 fev 2024 - 12h01
(atualizado às 15h13)
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Pouco a pouco, a ciência desvenda informações pertinentes sobre o Alzheimer, uma condição que ainda é alvo de intermináveis dúvidas. Mas nesta edição de fevereiro da revista Lancet Neurology, pesquisadores revelaram sintomas incomuns da visão que podem funcionar como uma forma de indicar a doença neurodegenerativa. 

Foto: Ennie Horvath / Canaltech

O material destaca a atrofia cortical posterior, que compartilha das mesmas alterações patológicas no cérebro que o Alzheimer, mas resulta em sintomas como:

  • Falta de consciência espacial
  • Dificuldade em avaliar distâncias
  • Dificuldade em ver movimentos
  • Dificuldade para reconhecer objetos

Sob o objetivo de comrpeender a fundo essa relação, o time de pesquisadores analisou dados de 1.092 pacientes diagnosticados com a com a atrofia cortical posterior. A análise permitiu descobrir que a condição pode ajudar a prever o Alzheimer de uma maneira bem expressiva, já que em 94% dos casos, foram observadas alterações cerebrais relacionadas ao Alzheimer (e que, por sua vez, contribuíam para a atrofia cortical posterior).

O apelo dos pesquisadores é que a maioria dos pacientes consulta o oftalmologista quando começa a apresentar sintomas visuais, e pode ser encaminhado a um oftalmologista que também pode não reconhecer a atrofia cortical posterior. Por isso, há a necessidade de "melhores ferramentas em ambientes clínicos para identificar esses pacientes precocemente".

Sintomas relacionados à visão podem indicar Alzheimer (Imagem: Rawpixel/Envato)
Sintomas relacionados à visão podem indicar Alzheimer (Imagem: Rawpixel/Envato)
Foto: Canaltech

O estudo observou muitas semelhanças entre a atrofia cortical posterior e o Alzheimer, principalmente no que diz respeito aos níveis das proteínas amiloide no cérebro. É o acúmulo ao redor das células cerebrais que gera danos aos neurônios e gera a perda de memória e o declínio cognitivo.

Os pesquisadores acrescentam que os pacientes analisados também apresentaram mais proteína tau (também associada ao Alzheimer) nas partes posteriores do cérebro, envolvida no processamento de informações visuais e espaciais.

Alzheimer pode ser diagnosticado pelos olhos?

Desde 2021, a Alzheimer's Association conduz um estudo em torno das possibilidades de diagnosticar o Alzheimer pelos olhos, por meio de comparações entre testes de amiloides retinais e cerebrais: "A retina e o cérebro apresentam patologias semelhantes em pacientes com diagnóstico de doenças neurodegenerativas. A capacidade de acessar a retina por meio de técnicas de imagem abre a possibilidade de avaliação não invasiva da patologia da doença".

Assim, no futuro, talvez seja possível determinar o início, a propagação e a morfologia do Alzheimer por meio da análise de imagens da retina.

Fonte: Lancet Neurology, Oftalmologia, Alzheimer's Association

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