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Estrela errante poderia destruir o nosso Sistema Solar, diz estudo

28 nov 2023 - 18h31
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Com o nome apocalíptico de "Trajetórias futuras do Sistema Solar: simulações dinâmicas de encontros estelares dentro de 100 UAs", um estudo recente cria cenários que poderiam acontecer caso uma estrela errante se aproximasse do Sol a uma distância de 100 unidades astronômicas (UAs). O valor equivale a 100 vezes a distância média entre a Terra e o Sol e corresponde a cerca de 15 bilhões de quilômetros.

Embora sob nossa perspectiva insignificante isso pareça muito,na escala cósmica representa uma perigosa aproximação, capaz de esticar ou mesmo quebrar as ligações gravitacionais que mantêm o perfeito funcionamento do Sistema Solar. Como estamos completamente assujeitados ao Sol, nosso planeta ficaria totalmente à mercê do novo modelo gravitacional.

Embora a Terra ainda tenha "cerca de um bilhão de anos de condições de superfície habitável", destacam os autores, isso depende de um sistema fechado. Mas há quase 1% de chance de nos depararmos com uma estrela rebelde no caminho. Se isso acontecer, qual a possibilidade de sermos empurrados para fora da zona habitável?

O que aconteceria com nosso Sistema Solar?

Há 95% de chances de que nenhum planeta se perca na passagem da estrela.
Há 95% de chances de que nenhum planeta se perca na passagem da estrela.
Foto:  Getty Images  / Tecmundo

Para responder a essas questões, a equipe realizou simulações computacionais, conhecidas como N corpos, para tentar determinar os rumos dos planetas do Sistema Solar. Foram testados os caminhos pelos quais eles poderiam se perder, mas tendo em mente que há uma probabilidade maior ou igual a 95% de que nenhum deles se perca. Confira as probabilidades mais sinistras:

E o que poderia acontecer com a Terra?

Entre as probabilidades estudadas, está a de destruição total da Terra.
Entre as probabilidades estudadas, está a de destruição total da Terra.
Foto:  Nordisk  / Tecmundo

No caso da Terra, o artigo apresenta uma ampla gama de possibilidades, embora destaque que as chances de elas se tornarem reais sejam "extremamente baixas". Além da chance (0,48%) de colidir com outro planeta, nosso mundo poderia ser capturado pela estrela que passa ou acabar destruído junto com os outros planetas do Sistema Solar, mesmo no caso de uma estrela menos massiva que o Sol, e passando a baixa velocidade. 

Mas há outras possibilidades nas simulações, algumas bem assustadoras: a Terra poderia abandonar o Sol e fugir com a estrela (em sua órbita) enquanto seis planetas colidem com o Sol. Nesse caso, só Júpiter sobreviveria.

A Terra também poderia se tornar, ela própria, um planeta errante, vagando no espaço por um milhão de anos, até que sua superfície congelasse completamente. Ou, quem sabe, ir parar na temível Nuvem de Oort, nos confins do Sistema Solar, a 100 mil UAs ou além disso. Nesse caso, a sobrevivência em longo prazo da Terra "não está garantida", preveem os autores.

Gostou do conteúdo? Então, sempre fique por atualizado como últimos estudos astronômico com esse no TecMundo e aproveite saber também, porquê não há nada no universo como nosso sistema solar. 

Tecmundo
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