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Estudantes criam talher eletrônico para pessoas com Parkinson

Estudantes de engenharia elétrica criaram um talher capaz de ajudar pessoas com Parkinson a se alimentar. A tecnologia ajuda o usuário a não derrubar alimentos

20 jan 2023 - 11h01
(atualizado às 14h27)
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Estudantes de engenharia elétrica do Centro Universitário de Brasília (CEUB) desenvolveram um talher eletrônico capaz de ajudar pessoas com Parkinson que enfrentam problemas com mobilidade. Na prática, a invenção impede que o alimento caia durante o tremor nas mãos do paciente e permite que a comida se mantenha no talher mesmo no evento de inclinação.

O talher foi desenvolvido com o auxílio de um circuito com um sensor de angulação para análise e estudo dos tremores dos pacientes. Por meio do sensor, é possível gerar um gráfico do tremor, considerando os três eixos de rotação do movimento. O protótipo foi testado em alguns pacientes com condições de tremores em estágio inicial.

Uma das promessas da nova tecnologia é o baixo custo, levando em consideração que itens com propostas semelhantes são vendidos a cerca de R$ 3 mil, e o protótipo segue fabricação caseira, sem a necessidade de equipamentos industriais.

Os envolvidos declaram que a funcionalidade do talher foi comprovada durante uma simulação que observou o processo de transporte do prato à boca, e que o talher manteve-se paralelo ao chão, reposicionando-se ao sofrer inclinação proveniente do tremor da mão do paciente.

Com isso, o talher permitiu que pacientes com estágios iniciais e intermediários de Parkinson pudessem se alimentar de forma independente, mesmo com tremor nas mãos. A ideia agora é aprimorar o protótipo para que seja usado um microcontrolador com maior velocidade de processamento de dados.

Foto: twenty20photos/envato / Canaltech

Pesquisadores ajudam pacientes com Parkinson

Anteriormente, a comunidade científica já demonstrou preocupação com pacientes diagnosticados com a doença de Parkinson. Pesquisadores chineses inventaram um novo dispositivo capaz de simular um nariz eletrônico e rastrear casos da doença de Parkinson através do cheiro dos pacientes, de forma precoce. A ferramenta ainda está em fase de aprimoramento, mas os resultados iniciais são promissores, segundo a equipe.

Além disso, um estudo da USP já destacou a descoberta de uma nova substância que pode evitar a evolução da doença de Parkinson, baseada em tirosina — um aminoácido que pode ser produzido naturalmente pelo organismo ou ser ingerido através de alimentos e suplementos — que age diretamente no TRPM2, um dos canais de entrada de cálcio nas células cerebrais.

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