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Estudo revela quanta energia é utilizada durante gravidez para carregar um bebê

De acordo com a pesquisa, cerca 50 mil calorias são necessárias durante os nove meses

17 mai 2024 - 13h47
(atualizado às 13h50)
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Resumo
Cientistas da Austrália descobriram que uma gravidez humana exige quase 50 mil calorias durante os nove meses, sendo que 96% são exigidos pelo corpo da mulher.
Foto: StockSnap pixabay / Flipar

Cientistas da Universidade Monash, na Austrália, descobriram que uma gravidez humana precisa de quase 50 mil calorias durante os nove meses, ou seja, gerar um bebê exige muita energia. A pesquisa foi publicada na revista Science na última quinta-feira (16).

Antes, acreditava-se que esse número era menor, pois cientistas presumiam que grande parte dessa energia que é necessária para a reprodução ficava armazenada no feto. 

O biólogo evolucionista Dustin Marshall, junto com sua equipe, descobriu que a energia armazenada nos tecidos de um bebê humano tem apenas 4% dos custos energéticos totais da gravidez. Já os 96% restantes são exigidos pelo próprio corpo da mulher.

“O próprio bebê se torna um erro de arredondamento”, disse Marshall, ao New York Times. “Demoramos um pouco para entender isso.”

A descoberta veio após uma extensa pesquisa sobre o metabolismo feita por Marshall. Cada espécie precisa atender a demandas energéticas específicas. Por exemplo, mamíferos de sangue quente conseguem manter uma temperatura corporal estável e continuam ativos mesmo quando a temperatura ambiente diminui.

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Porém não tem como se livrar de certas desvantagens, como a demanda de uma alta taxa metabólica, o que leva os mamíferos a se alimentar constantemente. Uma cobra de sangue frio, por exemplo, pode passar semanas sem precisar comer.

Demanda do metabolismo

Marshall decidiu fazer uma lista completa do quanto de energia diferentes espécies gastam ao longo de suas vidas. Ele notou que, para a maioria das fêmeas, não é só uma questão de manter seu próprio corpo, mas também de gastar energia extra para cuidar dos filhotes.

Quando começou a olhar os custos (ou seja, o investimento reprodutivo) de ter filhotes, percebeu que não tinha números exatos. Alguns pesquisadores achavam que a energia que as fêmeas usavam para manter seus próprios corpos durante a gravidez era só cerca de 20% da energia total investida nos bebês, mas Marshall não confiava muito nessa estimativa.

Assim, o biólogo e seus alunos resolveram calcular os custos por conta própria. Eles examinaram a literatura científica em busca de dados, como a energia armazenada nos tecidos de cada filhote.

Também procuraram a taxa metabólica geral das fêmeas durante a reprodução, algo que os cientistas conseguem estimar medindo o oxigênio que as mães consomem.

A descoberta principal foi que o tamanho do animal possui um grande impacto na energia necessária para reprodução. Por exemplo, os rotíferos, que são microscópicos, precisam de menos de um milionésimo de caloria para produzir um filhote. Em contraste, um cervo de cauda branca necessita de mais de 112 mil calorias para produzir um filhote.

O metabolismo de uma espécie também tem sua influência. Os mamíferos de sangue quente consomem três vezes mais energia do que os répteis e outros animais de sangue frio do mesmo tamanho.

Além disso, o pesquisador descobriu que em média, somente 10% da energia que uma fêmea utilizou durante a gravidez foi para a sua prole.

Na visão de Marshall, podem existir diversas razões para que os mamíferos tenham custos indiretos tão altos durante a gravidez, mas ele suspeita que os humanos sofrem mais nesse aspecto porque as mulheres ficam grávidas por mais tempo do que a maioria dos outros mamíferos.

Fonte: Redação Byte
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