EUA apertam fiscalização sobre compras populares de Shein e Temu
Remessas sem tarifas populares entre Shein e Temu passaram a ser um obstáculo na alfândega dos Estados Unidos
Assim como acontece no Brasil, os Estados Unidos estão preocupados com os bilhões de dólares em pedidos de compras eletrônicas populares de gigantes varejistas chinesas, em especial Shein e Temu. Ambos os governos vêm olhando com mais rigor os produtos que estariam driblando o pagamentos de impostos com "múltiplos corretores".
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Os pedidos isentos de taxas, com valor médio de US$ 50, devem somar 1 bilhão de pacotes em 2024 em território ianque, de acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (U.S. Customs and Border Protection - CBP). Especialistas já preveem atrasos e gargalos nas entregas de itens importados.
Tanto a fiscalização do CBP quanto a do Brasil acusam as gigantes chinesas de usarem múltiplos registros para enviar itens importados isentos de impostos, driblando as taxas como pacotes diretos ao consumidor.
Para apertar o cerco ao suposto contrabando, o CBP anunciou no final da semana passada que suspendeu "múltiplos corretores" de um programa de liberação acelerada para as importações isentas de impostos e diretas ao consumidor. De acordo com especialistas alfandegários consultados pela Reuters, até seis empresas foram suspensas.
A ação do CBP acontece em meio à intensa pressão política do ano eleitoral sobre o governo Biden para proteger as empresas estadunidenses. Alguns legisladores dizem que as regras atuais favorecem vantagens injustas às chinesas, em detrimento dos comerciantes locais.
A Shein, que vem avançando agressivamente nas Américas para expandir sua participação no mercado global antes de abrir o capital, ainda não comentou a nova medida do CBP. Contudo, a gigante varejista tem negado práticas ilegais de importação em sua plataforma.
Segundo a Reuters, a Temu disse apenas que suas operações não foram afetadas.
Temu começa a vender no Brasil
Comandada pelo grupo chinês Pinduoduo e rival da Shein, Shopee e AliExpress, a Temu acaba de iniciar suas operações no Brasil nesta quinta-feira (6). Assim como as concorrentes, suas páginas oferecem os mais diversos itens, de vestuário a eletrônicos e eletrodomésticos, a preços atraentes.
Para conquistar os brasileiros, a inauguração das operações da chinesa por aqui oferece frete grátis para todos os pedidos, até para os itens de valores mais baixos, com descontos de até 90%.
O início das atividades da Temu no Brasil acontece justamente em um momento de efervescência sobre o comércio eletrônico envolvendo as chinesas por aqui. O Senado Federal aprovou a proposta de taxação de compras internacionais de até US$ 50, comumente feitas em sites como a Shopee, AliExpress ou Shein e conhecida como "a taxa das blusinhas".
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