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EUA apertam fiscalização sobre compras populares de Shein e Temu

Remessas sem tarifas populares entre Shein e Temu passaram a ser um obstáculo na alfândega dos Estados Unidos

7 jun 2024 - 07h03
(atualizado às 20h51)
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Assim como acontece no Brasil, os Estados Unidos estão preocupados com os bilhões de dólares em pedidos de compras eletrônicas populares de gigantes varejistas chinesas, em especial Shein e Temu. Ambos os governos vêm olhando com mais rigor os produtos que estariam driblando o pagamentos de impostos com "múltiplos corretores".

Foto: CardMapr.nl/Unsplash / Canaltech

Os pedidos isentos de taxas, com valor médio de US$ 50, devem somar 1 bilhão de pacotes em 2024 em território ianque, de acordo com a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (U.S. Customs and Border Protection - CBP). Especialistas já preveem atrasos e gargalos nas entregas de itens importados.

Tanto a fiscalização do CBP quanto a do Brasil acusam as gigantes chinesas de usarem múltiplos registros para enviar itens importados isentos de impostos, driblando as taxas como pacotes diretos ao consumidor. 

Para apertar o cerco ao suposto contrabando, o CBP anunciou no final da semana passada que suspendeu "múltiplos corretores" de um programa de liberação acelerada para as importações isentas de impostos e diretas ao consumidor. De acordo com especialistas alfandegários consultados pela Reuters, até seis empresas foram suspensas.

A ação do CBP acontece em meio à intensa pressão política do ano eleitoral sobre o governo Biden para proteger as empresas estadunidenses. Alguns legisladores dizem que as regras atuais favorecem vantagens injustas às chinesas, em detrimento dos comerciantes locais.

A Shein, que vem avançando agressivamente nas Américas para expandir sua participação no mercado global antes de abrir o capital, ainda não comentou a nova medida do CBP. Contudo, a gigante varejista tem negado práticas ilegais de importação em sua plataforma.

Segundo a Reuters, a Temu disse apenas que suas operações não foram afetadas.

Temu começa a vender no Brasil

Comandada pelo grupo chinês Pinduoduo e rival da Shein, Shopee e AliExpress, a Temu acaba de iniciar suas operações no Brasil nesta quinta-feira (6). Assim como as concorrentes, suas páginas oferecem os mais diversos itens, de vestuário a eletrônicos e eletrodomésticos, a preços atraentes.

Para conquistar os brasileiros, a inauguração das operações da chinesa por aqui oferece frete grátis para todos os pedidos, até para os itens de valores mais baixos, com descontos de até 90%.

O início das atividades da Temu no Brasil acontece justamente em um momento de efervescência sobre o comércio eletrônico envolvendo as chinesas por aqui. O Senado Federal aprovou a proposta de taxação de compras internacionais de até US$ 50, comumente feitas em sites como a Shopee, AliExpress ou Shein e conhecida como "a taxa das blusinhas".

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