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EUA aumentam controle sobre fluxos de chips de IA no mundo

13 jan 2025 - 12h33
(atualizado às 13h44)
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O governo dos Estados Unidos disse nesta segunda-feira que restringirá ainda mais as exportações de chips e tecnologia de inteligência artificial, dividindo o mundo para manter o poder de computação avançada nos EUA, enquanto encontra mais maneiras de bloquear o acesso da China.

As novas regulamentações limitarão o número de chips de IA que podem ser exportados para a maioria dos países e permitirão o acesso ilimitado à tecnologia de IA dos EUA para os aliados mais próximos do país, ao mesmo tempo em que manterão um bloqueio às exportações para a China, Rússia, Irã e Coreia do Norte.

As novas e extensas regras reveladas nos últimos dias do governo do presidente Joe Biden vão além da China e têm como objetivo ajudar os EUA a manter seu status dominante em IA, controlando-a em todo o mundo.

"Os EUA lideram a IA agora - tanto o desenvolvimento de IA quanto o design de chips de IA, e é fundamental que continuemos assim", disse a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo.

As regulamentações encerram um esforço de quatro anos do governo Biden para impedir o acesso da China a chips avançados que podem melhorar suas capacidades militares e buscam manter a liderança dos EUA em IA, fechando brechas e adicionando novas barreiras de proteção para controlar o fluxo de chips e o desenvolvimento global da tecnologia.

Embora não esteja claro como o novo governo do presidente eleito Donald Trump aplicará as novas regras, as duas administrações compartilham opiniões semelhantes sobre a ameaça competitiva da China. A regulamentação deve entrar em vigor 120 dias após a publicação, dando tempo para que o governo Trump se manifeste.

Novos limites serão impostos aos chips de processamento gráfico (GPUs), que são usados em data centers para treinar modelos de IA. A maioria é fabricada pela Nvidia, enquanto a AMD também vende chips de IA.

Os principais provedores de serviços  de computação em nuvem, como Microsoft, Google e Amazon, poderão buscar autorizações globais para construir data centers.

Uma vez aprovados, esses provedores não precisarão mais de licenças de exportação para chips de IA, o que lhes permitirá construir data centers em países que não podem importar chips suficientes devido às cotas impostas pelos EUA.

Para obter um selo de aprovação, as empresas autorizadas devem cumprir condições e restrições rigorosas, incluindo requisitos de segurança, exigências de relatórios e um plano ou histórico de respeito a direitos humanos.

Até agora, o governo Biden havia imposto restrições abrangentes ao acesso da China a chips avançados e ao equipamento para produzi-los, atualizando os controles anualmente.

"Os EUA precisam estar preparados para o rápido aumento da capacidade da IA nos próximos anos, o que pode ter um impacto transformador na economia e em nossa segurança nacional", disse o assessor de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan.

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