EUA elevam o tom e exigem que operação local do TikTok seja vendida
Exigência sinaliza mudança de postura do governo Biden em relação ao TikTok.
Fontes do Wall Street Journal afirmam que o governo dos EUA e o Comitê de Investimento Estrangeiro (CFIUS, na sigla em inglês) estão pressionando a ByteDance a vender a operação norte-americana do TikTok.
Caso contrário, o aplicativo poderá ser banido do país.
O QUE HOUVE? A nova postura do governo norte-americano seria uma mudança drástica na condução do problema, herdado da administração passada, de Donald Trump.
O WSJ argumenta que um aumento da pressão do Partido Republicano pode estar por trás da mudança de postura do presidente Joe Biden, que pertence ao Partido Democrata.
CONTEXTO. O risco de um banimento do TikTok do território norte-americano paira no ar desde 2020.
Com a vitória de Joe Biden, a questão ganhou outra abordagem, menos incisiva.
A ByteDance despejou mais de US$ 1,5 bilhão em lobby e no chamado Projeto Texas, uma série de medidas para arrefecer as suspeitas dos Estados Unidos de que o TikTok teria ligações com o Partido Comunista Chinês.
O esforço sofreu um duro revés em dezembro de 2022, quando a revista Forbes revelou que funcionários da ByteDance tinham monitorado jornalistas norte-americanos críticos à empresa.
Os funcionários foram demitidos, segundo a ByteDance.
A ByteDance está avaliada em US$ 220 bilhões. As ameaças de bloqueio nos EUA incidiram no valor de mercado da empresa, que até pouco tempo atrás era estimado em US$ 300 bilhões.
E AGORA? Executivos da ByteDance ainda tentam evitar a venda da operação norte-americana.
Eles dizem que 60% das ações da ByteDance, que ainda não tem o capital aberto, pertencem a investidores globais. O restante estaria dividido, em partes iguais, entre funcionários e fundadores.
A empresa disse ao WSJ que uma venda não sanaria os problemas de percepção de risco à segurança nacional.
Semana que vem, Shou Zi Chew, CEO do TikTok, dará um depoimento no Congresso norte-americano a fim de sanar dúvidas e preocupações dos congressistas relacionadas à segurança.