EUA tentaram recriar OVNIs e obtiveram material "não humano", diz ex-oficial
Ele disse aos parlamentares que material biológico "não humano" foi encontrado e coletado pelo governo em supostos locais de acidente
O governo dos EUA teria conduzido um programa de "várias décadas" para tentar reproduzir OVNIs (objetos voadores não identificados) por meio de engenharia reversa, disse um ex-funcionário da inteligência norte-americana em uma audiência no Congresso do país nesta quarta-feira (26).
Quem disse foi David Grusch, que chefiou a análise de fenômenos anômalos inexplicáveis (UAPs, em inglês, uma forma mais recente de se referir a OVNIs) dentro de uma agência do Departamento de Defesa dos EUA até 2023.
Além disso, Grusch disse aos parlamentares que material biológico "não humano" foi encontrado e coletado pelo governo em supostos locais de acidente.
Quando um parlamentar perguntou se algum corpo de pilotos foi recuperado de alguma nave acidentada, Grusch respondeu: "como já afirmei publicamente na minha [entrevista] NewsNation, os biológicos vieram com algumas dessas recuperações. "Seriam biológicos humanos ou não humanos?" O ex-oficial respondeu: "Não humano, e essa foi a avaliação de pessoas com conhecimento direto sobre o programa com quem conversei".
No entanto, Grusch admitiu aos políticos que nunca tinha visto um corpo nem uma nave alienígena. Disse que suas alegações são baseadas em "extensas entrevistas com funcionários de inteligência de alto nível". E que conhecia "vários colegas" que foram fisicamente feridos por atividades do tipo UAP e por pessoas dentro do governo federal dos EUA. Perguntado se poderia entrar em detalhes, Grusch disse que não.
Outro membro do comitê de supervisão questionou se ele havia "temido por sua vida", e Grusch respondeu: "Sim, definitivamente". (...) "Tenho esperança de que minhas ações acabem levando a um resultado positivo de maior transparência".
Tim Burchett, um congressista republicano do Tennessee que está coliderando a investigação de OVNIs, afirmou nas últimas semanas que os EUA tinham evidências de tecnologias que "desafiam todas as nossas leis da física" e que naves alienígenas seriam tão avançadas que poderiam "nos transformar em um briquete de carvão".
Ryan Graves, ex-piloto da Marinha que agora dirige a Americans for Safe Aerospace, grupo que incentiva os pilotos a relatar incidentes de UAPs, também testemunhou ao Congresso dos EUA nesta quarta-feira.
"Se os UAP são drones estrangeiros, é um problema urgente de segurança nacional. Se é outra coisa, é uma questão para a ciência. Em ambos os casos, objetos não identificados são uma preocupação para a segurança de voo", disse
A terceira testemunha do dia foi David Fravor, um comandante aposentado da Marinha dos EUA, que falo sobre seus próprios avistamentos de UAPs enquanto servia no exército.
"A tecnologia que enfrentamos era muito superior a qualquer coisa que tínhamos", disse Fravor sobre um caso que testemunhou em 2004, quando perguntado por que os UAPs seriam uma ameaça à segurança nacional.
No ano passado, o Comitê de Inteligência da Câmara realizou a primeira audiência no Congresso sobre o UAPs em décadas. Na época, as duas testemunhas foram o subsecretário de Defesa para Inteligência e Segurança, Ronald S. Moultrie, e o vice-diretor de Inteligência Naval, Scott W. Bray.
Em abril deste ano, Sean Kirkpatrick, diretor do Escritório de Resolução de Anomalias do Pentágono, criado pelo Congresso para se concentrar no tema, disse que o governo dos EUA estava rastreando 650 casos potenciais de fenômenos aéreos não identificados, e reproduziu vídeos de dois dos episódios.