Ex-BBB Mara Telles comenta ação judicial contra Twitter por remoção de ofensas
Justiça determinou que a rede social excluísse todos os conteúdos apontados como ofensivos, difamatórios ou caluniosos publicados contra ela
A ex-participante do reality show Big Brother Brasil Mara Telles comentou em sua conta do Facebook nesta terça-feira (18) detalhes sobre uma vitória judicial dela contra o Twitter em terceira instância, ocorrida em agosto do ano passado. A ex-BBB 18 abriu processo contra a rede social para que tuites "com conteúdos apontados como ofensivos, difamatórios ou caluniosos" fossem excluídos.
Em 2021 o Tribunal de Justiça de Minas Gerais já havia julgado a ação e determinou que a rede social excluísse todos os conteúdos apontados como ofensivos, difamatórios ou caluniosos publicados contra ela. Mas o Twitter recorreu, e em agosto houve no Superior Tribunal de Justiça (STJ) decisão a seu favor.
Caso houver novas publicações ofensivas vindas dos perfis identificados no processo, Telles só precisa notificar o Twitter para retirá-las, bastando apenas indicar a URL das postagens.
Após a decisão do STJ, o Twitter apresentou embargos de declaração, um recurso que aponta alguma omissão, contradição, obscuridade ou erro material no processo. Esses embargos ainda não foram julgados pelo Tribunal, e não há previsão para ocorrer o julgamento desses embargos.
Como foi o processo de Mara contra o Twitter
Ela afirma que em 2018, enquanto participava do reality, um aluno para quem nunca teria dado aula fez pichações contra ela por racismo — na ocasião, Mara era professora de Ciência Política da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
"Outro jovem aluno, influenciado pelo mesmo, fez denúncias contra mim. Explodiu no Twitter e YouTube posts falsos e acusações", disse em sua conta do Facebook. Ela acredita que divergências teóricas e ideológicas na universidade motivaram as postagens na época.
"Sejam grupos de extrema direita — que já me 'cancelaram' — (ou de radicais) que se dizem de esquerda (serão mesmo?), o método é semelhante: atacar, julgar, condenar, linchar, calar, caluniar, exercer o direito como se fossem juízes, atacar os ritos institucionais e a presunção da inocência e gozar no sentido lacaniano, com o ataque ás reputações", declarou.
"Sou persistente. Sei quem eu sou. Vão cancelar? Então, mexam em seus bolsos e na justiça criminal, porque não tô aqui pra ser difamada por uma geração que acha que o mundo começou no ano 2000. Me respeitem e se dêem ao respeito!", disse a ex-BBB e professora no post.
Mara Telles não informou se processou ou processará o YouTube, apesar de ter citado a plataforma como uma das que teria permitido conteúdo difamatório contra ela em 2018.
Byte procurou o Twitter para comentar o caso, mas o serviço automático de e-mail da empresa respondeu com um emoji de cocô, segundo ordens recentes do CEO Elon Musk.