Executiva do Twitter, que dormiu no escritório de tanto trabalhar, é demitida
Esther Crawford era chefe da divisão de pagamentos e foi demitida com outros 50 colegas de trabalho
Ao menos 50 pessoas foram demitidas do Twitter neste domingo, 25, de acordo com o site americano Plataformer, em uma nova rodada de cortes de vagas na companhia. A demissão em massa afetou diversos setores e não poupou nem uma das maiores entusiastas da "nova era" da rede do passarinho: Esther Crawford, chefe do Twitter Blue, também teve sua vaga cortada pela empresa.
A executiva estava na empresa desde 2020, quando o Twitter comprou sua startup de videochamada Squad e foi uma das primeiras a se apresentar à Musk quando o bilionário visitou a sede da empresa pela primeira vez.
Em pouco tempo, Musk fez de Esther a chefe responsável pelo projeto do Twitter Blue, plano de assinatura pago da rede social, tornando-a encarregada da divisão responsável por "distribuir" o selo azul para os usuários — e que chegou no Brasil por R$ 60 reais mensais.
No começo do projeto, em novembro de 2022, Esther chegou a republicar uma foto sua dentro de um saco de dormir. A executiva estava no chão de um dos escritórios do Twitter e publicou que "Quando sua equipe está trabalhando sem parar para cumprir prazos, às vezes você dorme onde trabalha".
When your team is pushing round the clock to make deadlines sometimes you #SleepWhereYouWork https://t.co/UBGKYPilbD
— Esther Crawford (@esthercrawford) November 2, 2022
Segundo o site, as demissões aconteceram, principalmente, na área de produtos da companhia, mas também afetou setores como engenharia, vendas e marketing, recursos humanos e financeiro. Relatos de funcionários demitidos começaram a aparecer no último final de semana — em 17 de fevereiro, o Twitter fez outra rodada de demissões, desta vez na área de vendas publicitárias.
O Plataformer tentou contato com o Twitter, mas a companhia não comentou o assunto.
O Twitter fez um corte de cerca de 3,7 mil pessoas nos escritórios de todo o mundo, após Musk assumir o comando da companhia em novembro do ano passado. Para o CEO da Tesla, a justificativa era menos relacionada à crise e mais relacionada à forma como o Twitter deve seguir a operação sob a nova gestão. Ainda assim, problemas na captação de receita em publicidade e menor número de usuários monetizáveis foram fatores importantes para justificar as demissões.