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Executivo do Google deixa a empresa após acusação de assédio sexual

Em resposta a uma reportagem do jornal The New York Times que revelou a conivência do Google com casos de assédio sexual, o presidente executivo da empresa, Sundar Pichai, pediu desculpas aos funcionários por meio de um e-mail

31 out 2018 - 12h17
(atualizado às 21h35)
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Richard DeVaul, diretor do Google X - área de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da empresa -, pediu demissão nesta quarta-feira, 31, após ser acusado de assédio durante um processo seletivo da companhia. Trata-se do terceiro caso de saída de altos executivos da empresa em casos semelhantes. O exemplo mais famoso é do criador do Android, Andy Rubin, que deixou o Google em 2014, depois de ter sido denunciado por uma funcionária de má conduta sexual.

Na semana passada, o jornal The New York Times publicou que, em 2013, a engenheira Star Simpson foi vítima de investidas de DeVaul durante um processo seletivo para trabalhar na equipe do executivo. Star disse que, ao ser entrevistada, achou estranho que o executivo abordasse assuntos como o fato de ele ser adepto a relacionamentos amorosos abertos.

Star contou que, depois da entrevista, DeVaul a convidou para o festival Burning Man, em Nevada. A engenheira afirmou que aceitou a proposta porque acreditava que, durante a viagem, ele daria pistas sobre o resultado do processo seletivo. Ela levou a mãe na viagem para evitar possíveis investidas.

Durante o evento, DeVaul pediu que ela que tirasse a blusa para receber massagens nas costas. Star teria negado a sugestão, mas deixou o executivo massagear seu pescoço. Duas semanas depois, a engenheira recebeu uma ligação do Google informando que não tinha conseguido o emprego.

"Não sabia lidar com isso sozinha na época", disse a engenheira ao jornal americano. Star notificou a empresa sobre o ocorrido dois anos depois, mas ouviu de um funcionário que o relato "provavelmente não era verdadeiro".

DeVaul pediu desculpas e admitiu que havia decidido não contratar a engenheira antes da viagem a Nevada. O executivo afirmou que não sabia que ela, à época, ainda não havia sido informada da decisão.

Resposta. O presidente executivo do Google, Sundar Pichai, mandou um e-mail aos funcionários, em resposta à má conduta da empresa com casos de assédio sexual. A reportagem citou histórias envolvendo três executivos, sendo que um deles foi o criador do Android, Andy Rubin - quando deixou a empresa em 2014 após ser acusado de assédio sexual por uma funcionária, o Google lhe pagou US$ 90 milhões na rescisão, segundo o jornal.

No e-mail, obtido pela Ars Technica, Pichai não negou as acusações da reportagem, pediu desculpas e disse ainda que a empresa precisa adotar uma linha mais dura quanto a comportamentos inadequados.

Protesto. O presidente executivo do Google também afirmou que vai apoiar o protesto que as funcionárias do Google estão planejando para esta quinta-feira, 1, em que vão se manifestar sobre o assunto.

Estadão
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