Expedição desvenda "objeto misterioso" perto no naufrágio do Titanic
Mergulhadores descobriram novo ecossistema em cima de rochas vulcânicas a 2.900 metros de profundidade perto do local onde o navio afundou
Novas imagens divulgadas pela Expedição OceanGate, nesta terça-feira (25), revelam um mistério de décadas que cerca o naufrágio do Titanic: um ecossistema marítimo extremamente produtivo e denso foi descoberto perto do local onde o navio afundou.
O lugar, provisoriamente apelidado de Nargeolet-Fanning, foi originalmente registrado como um sinal de sonar (usado para detecção e localização de objetos no fundo do mar) há 26 anos por PH Nargeolet, um veterano piloto submersível do Nautile e mergulhador que estudava a embarcação.
Quase três décadas depois, ainda se perguntando se o bip era um naufrágio ou uma característica geológica, PH teve a chance de mergulhar no alvo e explorar a região que agora leva seu nome provisoriamente.
Em um comunicado à imprensa, o mergulhador disse que não sabia o que iria descobrir quando estava explorando. “No sonar, isso pode ter sido uma série de coisas, incluindo o potencial de ser outro naufrágio. Eu tenho procurado a chance de explorar este grande objeto que apareceu há muito tempo. Foi incrível visitar esta área e encontrar uma fascinante formação vulcânica repleta de vida”, disse PH Nargeolet.
Ecossistema em formações vulcânicas
O local de naufrágio do Titanic, que afundou há 110 anos quando colidiu com um iceberg no Atlântico Norte e deixou 1.517 pessoas mortas, sempre foi um ambiente de interesse para estudo e expedições marítimas.
Agora, de acordo com as descobertas, as formações vulcânicas, aparentemente basálticas (rocha ígnea vulcânica escura e cristalina), deixaram os pesquisadores surpresos por conta da diversidade e densidade do local. Há esponjas, corais de bambu, outros corais de água fria, lagostas e peixes que prosperam a 2.900 metros de profundidade na região do Oceano Atlântico Norte.
O professor e pesquisador do Centro de Ciências Marinhas da Universidade da Carolina do Norte Wilmington, Steve W. Ross, disse na publicação que “descobrir este ecossistema anteriormente desconhecido também oferece uma oportunidade de fazer uma comparação com a biologia marinha e em torno do Titanic”.
Segundo ele, a variedade de formas de vida, concentração de vida e os ecossistemas em geral podem diferir entre o recife artificial profundo do Titanic e este recife oceânico profundo natural recém-revelado.