Experimento CMS do CERN conseguiu o inesperado: medir a massa do bóson W com mais precisão do que nunca
Os bósons W e Z são os responsáveis pela mediação que ocorre na interação nuclear fraca A colaboração CMS e o experimento CDF do Fermilab forneceram as medições mais precisas da massa do W
O bóson W é uma partícula muito especial. Junto com o Z, ele é responsável pela mediação que ocorre na interação nuclear fraca, uma das quatro forças fundamentais da natureza — as outras são a interação eletromagnética, a gravidade e a força forte.
Os físicos geralmente colocam o campo de Higgs no mesmo nível, como uma quinta interação fundamental que explica como as partículas adquirem massa, mas, para facilitar a compreensão, os textos costumam citar apenas as quatro forças anteriores.
A interação nuclear fraca é responsável pela desintegração radioativa das partículas subatômicas e, curiosamente, os bósons W e Z que nela intervêm são mais pesados que os prótons e os nêutrons que encontramos no núcleo dos átomos. Na verdade, a massa do bóson W é cerca de 80 vezes maior que a de um próton. O surpreendente é que os físicos não tiveram facilidade em determinar essa massa. Conseguiram medi-la várias vezes, mas nunca com a precisão recém-alcançada pelo experimento CMS do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear).
O Modelo Padrão continua firme como uma rocha
Em março de 2023, os físicos do CERN que trabalham no experimento ATLAS divulgaram suas últimas medições da massa do bóson W. Como esperado, confirmaram que coincide com a previsão do modelo teórico. À primeira vista, pode parecer um resultado sem surpresas, mas é importante lembrar que, em 2022, o experimento CDF do Fermilab, nos EUA, havia concluído que a massa do bóson W era muito maior do que o previsto ...
Matérias relacionadas
O buraco da Apple TV+ é imensurável: o streaming gerou um rombo bilionário nas contas da Apple