Explosão solar interefere na comunicação de quem está na rota do furacão Irma
Uma série de explosões solares fez com uma rede de rádio projetada para alertar as pessoas sobre furações em regiões remotas, incluindo o Caribe, deixasse de funcionar corretamente no período em que deveria emitir informações sobre a passagem do Irma.
Essa é a avaliação da NOAA (a Administração Nacional de Oceano e Atmosfera dos Estados Unidos) e de um operador da rede de rádio.
As chamas solares, como as relatadas na semana passada, interferem nos sinais de rádio de alta freqüência. Um especialista compara a interferência das explosões com uma fritura estática.
Um grupo de operadores de rádio amadores licenciados, com base na América Central e do Norte e no Caribe, trabalha com o Centro Nacional de Furacões para divulgar informações sobre tempestades. Na avaliação de um dos operadores, quando ocorrem essas explosões solares, o efeito é semelhante ao de desligar o sistema de rádio.
Relatórios da NOAA informam que regiões do Caribe sofreram com apagões do rádio provocados pelas explosões solares. Essas falhas duraram de 20 minutos a até quatro horas.
Tempestade geomagnética
Desde de 4 de setembro, uma série de explosões solares emite radiação e plasma solar na Terra — incluindo três das maiores e mais poderosas chamas, as denominadas de classe X. Uma das explosões foi do tipo X9.3, a maior já registrada em uma década, de acordo com a Nasa.
A agência meteorológica espacial da NOAA emitiu avisos para tempestades geomagnéticas, grandes distúrbios na magnetosfera da Terra que podem interferir com tecnologias como satélites, comunicações de rádio e sinais GPS. Essas tempestades fazem com que a comunicação pareça borbulhante, como se os interlocutores estivessem falando debaixo d'água.
A avaliação dos órgãos americanos é que a pior fase já passou e que os efeitos das explosões solares na comunicação de rádio estão no fim.