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Fabricantes não querem que seus robôs sejam armados

Documento assinado por seis empresas do segmento tem como foco a não inclusão de armamentos nos robôs, como forma de evitar problemas éticos e danos às pessoas

7 out 2022 - 18h16
(atualizado às 22h25)
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A Boston Dynamics e cinco outras empresas fabricantes de robôs assinaram um termo de compromisso antiarmamentista nos seus produtos. O documento garante que nenhuma das companhias colocará armas nos seus robôs, além de pedir que rivais também façam a adesão à causa.

Foto: Twitter/Saint-Cyr Coëtquidan / Canaltech

A Agility Robotics, ANYbotics, Clearpath Robotics, Open Robotics e Unitree são algumas das fabricantes que se comprometeram a não fabricar produtos equipados com revólveres, metralhadoras, lança-granadas nem nada do gênero. O objetivo disso é conter a onda de aquisições de robôs para uso criminoso ou armamentista, como este abaixo:

O documento alerta para o risco de os robôs serem usados de maneira indevida para infringir direito das pessoas, ameaçar ou intimidar desafetos, para atuar no crime organizado ou para matar inimigos em guerras. Uma das vantagens dos robôs é o fato de terem IAs otimizadas, o que permitiria uma mira perfeita nos inimigos, além do fato de jamais se cansarem e atenderem somente aos comandos do dono.

"Acreditamos que adicionar armas a robôs operados remotamente ou de forma autônoma, amplamente disponíveis ao público e capazes de navegar para locais anteriormente inacessíveis onde as pessoas vivem e trabalham, aumenta novos riscos de danos e sérios problemas éticos", escreveu o grupo em seu comunicado.

Não está claro se máquinas criadas para propósitos militares entrariam como parte do acordo, o que poderia impactar operações no mundo inteiro. Mas saber que as maiores empresas não pretendem colocar armas que possam tirar vida das pessoas dá mais tranquilidade.

Contra os robôs armados

A Tesla apresentou na semana passada o Tesla Bot, um robô humanoide chamado Optimus que deve ser usado em fábricas da montadora. A expectativa é de a máquina ser comercializada por US$ 20 mil (cerca de R$ 104 mil) daqui há três ou cinco anos.

Já a Boston Dynamics, a mais famosa do segmento, tem como foco o cãozinho robô Spot, usado pela polícia e por bombeiros para patrulhar áreas, acessar locais perigosos ou entrar em estruturas instáveis. A máquina já é utilizada para monitorar incêndios em fábricas, lidar com explosivos ou materiais inflamáveis, além de desarmar bombas.

A fabricação de robôs humanoides, como o Atlas, poderia levar à tentativa de se criar soldados de aço. A preocupação social, então, é de que tais fabricantes busquem dar soluções mais utilitárias para essas máquinas, como realizar afazeres domésticos ou atividades repetitivas, em vez de empunhar armamentos pesados.

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