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Facebook cresce número de usuários para 2,96 bilhões e dá sinais de saída da crise

Companhia apresentou bom resultado financeiro para o ano de 2022, e ações subiram 18%

1 fev 2023 - 19h27
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A Meta, companhia-mãe de Facebook, Instagram e WhatsApp, dá sinais de que está revertendo o cenário de crise que se desenhou nos últimos 12 meses. Em balanço financeiro apresentado nesta quarta-feira, 1.º, a empresa registrou crescimento de usuários em seus aplicativos e surpreendeu as expectativas do mercado, que previam cenário pior para o último trimestre de 2022.

O número de pessoas ativas diariamente na família apps da companhia (DAP, na sigla em inglês) cresceu 5% na comparação entre os três últimos meses de 2022 com igual período de 2021. No total, a Meta fechou a métrica com 2,96 bilhões de usuários únicos, enquanto o número sobe para 3,74 bilhões de usuários na contagem mensal.

Já o número de usuários ativos por dia (DAU), que inclui Facebook, Instagram e Messenger, foi de 2 bilhões, alta de 4%, enquanto o número de usuários ativos por mês (MAU) foi de 2,96 bilhões, aumento de 2% na comparação anual.

No último trimestre de 2022, a receita da companhia somou US$ 32,1 bilhões, valor inferior aos US$ 33,6 bilhões do mesmo período de 2021. O mercado financeiro, no entanto, esperava que a cifra fosse de US$ $31,5 bilhões, segundo a consultoria Refinitiv, o que reforçou o resultado positivo da companhia ao final do ano.

O faturamento anual da Meta ficou em US$ 116,6 bilhões, queda de 1% em relação aos 12 meses de 2021, quando a cifra foi de US$ 117,9 bilhões.

Já o lucro trimestral da companhia, encerrado em dezembro de 2022, foi de US$ 4,6 bilhões, queda de 55% em relação aos três últimos meses de 2021, de US$ 10,2 bilhões. No acumulado anual, foi de US$ 23,2 bilhões, inferior em 41% em relação aos US$ 39,3 bilhões do ano anterior.

Após a apresentação do balanço, as ações da Meta subiam a mais de 17% no pós-pregão da Bolsa de Nova York. Com isso, os papeis da companhia atingiram o melhor patamar desde junho de 2022.

Crise na empresa de Mark Zuckerberg

A companhia de Mark Zuckerberg passou por um período difícil nos últimos meses.

Desde outubro de 2021, a Meta removeu o foco do negócio em redes sociais e mirou investimentos pesados no metaverso, principal aposta de Zuckerberg para o futuro da internet. Investidores, no entanto, têm dúvidas sobre a efetividade dessa jogada e são céticos, rebaixando a avaliação de mercado da companhia.

Ao mesmo tempo, os aplicativos de redes sociais de Zuckerberg sofreram diversas pressões, como concorrência acirrada com o rival TikTok e nova política de privacidade da Apple, que prejudica a estratégia de anúncios da Meta.

Como resultado, a Meta perdeu 60% do seu valor de mercado em 2022, saindo do "clube do trilhão" (que conta com outras Big Techs) para ser avaliada em US$ 320 bilhões no fechamento do ano.

Estadão
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