Facebook e Instagram usaram “táticas agressivas” para atrair crianças, diz jornal
Documento afirma que 20% dos usuários de nove a 13 anos no Facebook e no Instagram tiveram uma experiência sexual com um adulto nos sites
A Meta, empresa do Facebook e do Instagram, teria usado conscientemente “táticas agressivas” visando prender a atenção de crianças nas redes sociais “em nome do engajamento”, segundo um processo judicial aberto contra a Meta na Califórnia (EUA).
Uma versão não editada do processo contra a Meta foi lida e revelada pelo jornal britânico Daily Mail.
Um engenheiro de software da Meta afirmou que “não é segredo” como o Facebook e o Instagram usaram algoritmos meticulosos para promover o uso repetitivo e compulsivo entre menores, independentemente de o conteúdo ser prejudicial — e “não se desculpou por isso”, de acordo com a reportagem.
O documento afirma que 20% dos usuários de nove a 13 anos no Facebook e no Instagram tiveram uma experiência sexual com um adulto nos sites.
Apesar de o CEO Mark Zuckerberg dizer publicamente que as acusações de que sua empresa prioriza o lucro sobre a segurança e o bem-estar “não são verdade”, os arquivos mostram a exploração sexual infantil em ambas as plataformas e alegam que “o algoritmo baseado em engajamento da Meta explorou conteúdo extremo para gerar mais engajamento”, aponta o processo citado pelo site de notícias.
Em entrevista ao Daily Mail, um porta-voz indicado pelo tribunal afirmou que: “Esses documentos nunca antes vistos mostram que as empresas de mídia social tratam a crise na saúde mental dos jovens como uma questão de relações públicas, em vez de um problema social urgente causado por seus produtos”.
A Meta já afirmou, em outras ocasiões, que a empresa mantém “políticas de tolerância zero que proíbem abusos com a exploração infantil”.
Byte entrou em contato com a empresa pedindo um posicionamento em relação ao processo, mas não obteve retorno até o fechamento desta notícia.