Facebook, Twitter e YouTube se defendem de críticas de censura nos EUA
Empresas se pronunciaram na manhã desta terça-feira em sessão no Congresso americano sobre práticas de filtros de conteúdo; sessão foi motivada por reclamações de deputados conservadores
Nesta terça-feira, 17, o Facebook, o YouTube e o Twitter se defenderam, no Congresso americano, de acusações de que estão discriminando conteúdo em suas plataformas por razões políticas. As três empresas foram convidadas a depor depois que deputados conservadores do Partido Republicano levantaram a hipótese de que as empresas são motivadas politicamente para remover conteúdo.
A sessão foi aberta com um pronunciamento do chefe do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados americana, o republicano Bob Goodlatte, que disse que viu, desde abril, um esforço dessas empresas para "aumentar sua transparência". Por outro lado, declarou o congressista, há casos e mais casos de conteúdo sendo removido de forma arbitrária. Ele questionou se as empresas usam "seu poder de mercado para favorecer conteúdo [político] que preferem ver nas redes".
Em resposta, o deputado democrata David Cicilline criticou a própria existência da sessão. "Não há evidência de que os algoritmos das redes sociais são enviesados contra os conservadores. Essa é uma narrativa criada pela máquina conspiradora dos conservadores para convencer os eleitores de que há uma conspiração que não existe", disse. Ele apontou ainda a incapacidade do Facebook de deletar páginas de "teoria da conspiração" como prova disso.
Chefe de políticas públicas do Facebook, Monika Bickert disse que seu desafio é tratar diversos grupos de forma igualitária. "Queremos ter certeza de que fazemos o trabalho direito", disse ela. O mesmo tom foi dado pelos executivos de YouTube e Twitter, que disseram, respectivamente, que "dar preferência a ideologias políticas conflitam com seus ideais" e que "o propósito da rede é servir para conversas, não juízos de valor."
Prólogo - Em 28 de outubro de 2003, Mark Zuckerberg lança o Facemash, um predecessor do Facebook. Usando fotos do sistema de alunos de Harvard, o site pedia aos usuários que escolhessem qual era a garota mais ‘atraente’ entre duas opções.
Foto: Reprodução / Estadão
Início - Em 4 de fevereiro de 2004, quatro estudantes de Harvard fundam uma rede social voltada para estudantes da universidade, o Thefacebook: Mark Zuckerberg, Chris Hughes, Dustin Moskowitz e o brasileiro Eduardo Saverin.
Foto: Divulgação / Estadão
Feed de notícias - Em setembro de 2006, o Facebook lança o News Feed (Feed de Notícias, em português): uma página que se atualizava automaticamente através de um algoritmo, mostrando as novidades nas atividades dos amigos do usuário. É um conceito novo para o período – o Twitter, que trabalhava a ideia em tempo real, havia sido lançado apenas há alguns meses.
Foto: Reprodução / Estadão
Fazenda Feliz - Lançado pela Zynga em 2010, FarmVille se torna o primeiro grande game a ser jogado dentro do Facebook. O jogo tinha um objetivo simples: o usuário assumia o papel de um fazendeiro, e tinha que gerar a maior produção possível de sua fazenda, fazendo dinheiro e amizades.
Foto: Reprodução / Estadão
A Rede Social - Estreia em outubro de 2010 o filme A Rede Social, que conta a história dos primeiros anos do Facebook. O filme, dirigido por David Fincher (Seven) e com roteiro de Aaron Sorkin (da série West Wing), é baseado no livro Bilionários por Acaso, do jornalista americano Ben Mezrich. O filme venceu três Oscars em 2011: melhor roteiro adaptado, melhor edição e melhor trilha sonora. Mark Zuckerberg era interpretado pelo ator americano Jesse Eisenberg.
Foto: Reprodução / Estadão
Linha do tempo - Em setembro de 2011, o Facebook introduz a Linha do Tempo (Timeline), uma função que alterava os perfis dos usuários: no lugar de informações detalhadas sobre sua vida, o perfil passava a ser uma grande cronologia dos eventos e atividades deles na rede social.
Foto: Reprodução / Estadão
Fundação Zuckerberg - Zuckerberg e Priscilla Chan durante o anúncio da chegada de Max, sua primeira filha