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Fechadura eletrônica: confira se vale a pena instalar o dispositivo

Aparelho oferece segurança e modernidade a um custo elevado; conheça modelos e veja as vantagens e desvantagens do aparelho

23 abr 2020 - 05h11
(atualizado em 22/7/2020 às 17h26)
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Já pensou em não ter mais que carregar as chaves de casa ou do trabalho o tempo todo? Essa é a proposta das fechaduras eletrônicas, mecanismos que têm como função substituir as tradicionais fechaduras de ferro e evitar o desespero de quem já ficou trancado do lado de fora por ter esquecido ou perdido as chaves.

Mais modernas, elas já existem há algum tempo no mercado e podem ser vistas com facilidade em empresas e hotéis, mas podem ser utilizadas também em casas, apartamentos e condomínios.

Desbloqueadas por biometria, cartão e até mesmo pelo smartphone, elas oferecem opções interessantes para quem busca por segurança e um visual mais moderno.

A fechadura digital te interessou? Antes de instalar, porém, é preciso considerar alguns aspectos, como vantagens, desvantagens e também custo - que pode ser bem elevado. Pensando nisso, o Estadão fez uma lista com algumas das principais dúvidas sobre o tema. Confira logo abaixo.

Como funciona uma fechadura eletrônica?

As fechaduras digitais ou eletrônicas são aquelas que dispensam o uso das tradicionais chaves e também da fechadura de metal. Mais práticas - e também visualmente mais atraentes -, a vasta maioria delas funcionam à base de pilha ou bateria. Nesse sentido, é importante destacar que os mecanismos das fechaduras eletrônicas foram feitos para otimizar energia e que uma pilha comum pode durar um longo período no aparelho. E quando a vida útil da fonte de energia estiver perto do fim, as fechaduras irão emitir, com antecedência, avisos para que a pilha ou bateria possa ser trocada.

"Um conjunto de pilhas alcalinas suporta entre 4 mil e 5 mil aberturas. Isso em um uso residencial, com uma média de cinco a oito aberturas diárias, daria cerca de 400 dias de bateria. A recomendação é trocar as pilhas quando tocar o alarme de pilha fraca ou depois de um ano, o que acontecer primeiro", aconselha Rodrigo Gradiz, diretor técnico da G-Locks Fechaduras Eletrônicas.

Se, mesmo com os avisos, o usuário não trocar a bateria e a fonte de energia se esgotar, as fechaduras ainda podem ser abertas com uma chave comum única. Algumas também contam com entrada USB para uso de carregadores portáteis ou conexões para baterias 9V.

Tipos de fechadura eletrônica

Basicamente, existem no mercado cinco modelos de fechadura eletrônica: cartão, chaveiro de proximidade, senha, biometria e por aplicativos. A por cartão é a mais simples - e também uma das mais antigas -, enquanto a por biometria pode ser uma boa pedida, principalmente para quem já está acostumado a utilizar a digital em tudo, desde desbloquear o celular até acessar o sistema do caixa eletrônico no banco. Veja, logo abaixo, como funciona cada uma delas:

  • Cartão: é aberta quando o cartão magnético previamente configurado é aproximado ou inserido na fechadura, como os cartões de crédito nas maquininhas. Costuma ser uma boa opção para hotéis, escritórios ou ambientes em que há um fluxo muito grande de pessoas, mas uma péssima opção para quem tem o hábito de perder as chaves por aí;
  • Chaveiro por proximidade ou RFID: é parecida com o modelo de cartão por abrir a fechadura quando aproximada do painel de abertura. Também como o modelo anterior, é uma boa pedida para ambientes com grande fluxo de pessoas e a opção menos aconselhável para quem não quer andar com uma chave física;
  • Senha: a porta é destravada por meio de uma senha numérica. Para garantir a segurança e evitar que alguém descubra a combinação, é comum que os números mudem de ordem toda vez que a senha for digitada. É uma ótima escolha para casas e ambientes com circulação média, como prédios e condomínios, mas não é uma boa pedida para quem costuma esquecer as senhas de apps com facilidade. Alguns modelos armazenam até 3000 combinações;
  • Biometria: é o modelo mais prático, já que o desbloqueio é feito com a digital. Por apresentar alto nível de segurança, ela é indicada para ambientes residenciais e até mesmo empresas que buscam por maior proteção. Alguns modelos armazenam até 100 digitais;
  • Aplicativo: ela faz com que o smartphone do usuário simule a função do cartão magnético ou do chaveiro por proximidade. Apesar de ser uma boa pedida para casas e ambientes de grande circulação, ela não é muito prática, já que o aparelho precisa obrigatoriamente ter suporte à conexão NFC. Além disso, se o celular descarregar, existe também o risco do usuário ficar trancado para fora.

A grande maioria dos modelos tem trancamento automático quando a porta é fechada. Assim a maçaneta do lado de fora fica inutilizada até alguém destravá-la novamente por fora. Em compensação, essas fechaduras não se trancam por dentro. Quando alguém abaixa a maçaneta de dentro, todas as travas se abrem, não apenas a lingueta (trava mais básica).

Segundo Gradiz, isso acontece porque as fechaduras eletrônicas seguem normas americanas e europeias de segurança. "No Brasil, as portas tem miolo de chave por fora e por dentro. Então é possível trancar a porta pelo lado de dentro e acabar perdendo a chave. Se acontece um incêndio, por exemplo, você fica trancado para dentro. Esse é o motivo de a maioria das fechaduras digitais não se trancarem por dentro, por efeito de segurança, rota de fuga."

Para quem tem criança em casa ou quer impedir que uma pessoa saia com facilidade, uma solução é acrescentar uma corrente ou um ferrolho com trancamento manual na parte mais alta da porta.

Quais as vantagens de ter uma fechadura eletrônica?

Além do visual mais moderno - e de ter um bom apelo para quem é fã das novas tecnologias -, as fechaduras eletrônicas tem algumas vantagens interessantes que devem ser levadas em consideração pelo usuário. São elas:

  • Praticidade: esse talvez é o aspecto principal da fechadura digital, principalmente se considerarmos os modelos por biometria, aplicativo e senha. Não é preciso carregar chaves físicas e ter a preocupação de sempre 'passar a chave', já que ela é acionada automaticamente assim que a porta é fechada;
  • Segurança: outro ponto importante que deve ser levado em consideração é o fato de que muitos dos modelos de fechaduras já vem com sistema antiarrombamento incluso. Ou seja, caso o aparelho seja forçado ou violado, ela automaticamente irá disparar um alarme sonoro, o que até pode dispensar os tradicionais sistemas de segurança em alguns casos;
  • Possibilidade de combinar vários sistemas: alguns modelos mais modernos permitem que os usuários configurem dois ou mais sistemas de segurança ao mesmo tempo. Ou seja, é possível acionar biometria e senha, até achar o método mais adequado para o ambiente, por exemplo.

Quais as desvantagens das fechaduras eletrônicas?

Apesar de ter algumas funções interessantes, as fechaduras eletrônicas também possuem desvantagens que podem dificultar um pouco a vida de quem está pensando em utilizar o aparelho. Confira:

  • Assistência especializada: ao contrário dos chaveiros tradicionais, as fechaduras digitais não podem ser instaladas e ou ainda consertadas por meio de 'gambiarras'. Por serem sistemas mais modernos e inteligentes, qualquer problema precisará ser resolvido por meio de mão de obra especializada, o que além de ter um custo, pode demorar um pouco, já que os técnicos para esse sistema não são fáceis de encontrar como os chaveiros comuns.
  • Preço elevado: talvez o principal ponto negativo para o sistema. Geralmente, as fechaduras eletrônicas custam entre R$ 200 e R$ 4 mil - sem considerar o custo de instalação -, sendo que as mais caras também costumam ser as mais seguras. Ou seja, para quem está pensando em instalar o acessório levando em consideração os mecanismos de segurança, saiba que o preço pode ser bem mais salgado que o esperado;
  • Ela não pode ser instalada em qualquer material: ao contrário dos modelos tradicionais, a fechadura digital não vai bem em qualquer tipo de porta. Materiais como ferro e o vidro não oferecem a espessura necessária para que o sistema consiga ser instalado. Logo, quem quiser instalar o mecanismo, já pode botar na lista a compra de uma porta de madeira mais espessa e apropriada.

Quanto custa para instalar uma fechadura eletrônica?

A instalação geralmente não é feita pela própria fabricante. Em grande parte dos casos, quem faz a instalação da fechadura eletrônica é o revendedor ou um técnico especializado independente, que podem ser indicados pela fabricante.

"Basicamente, a revenda em si cobra um valor mais caro justamente pelos funcionários, pela garantia e tudo mais. Um instalador que trabalha por conta geralmente cobra um pouco a menos", explica Gradiz.

Em média, os preços de instalação ficam na faixa entre R$ 200 e R$ 400. No geral, instaladores autônomos cobram até R$ 300.

A fechadura eletrônica pode ser hackeada?

Essa é uma dúvida bastante válida, principalmente para fechaduras que funcionam por meio de aplicativo. Gradiz afirma que a maioria das fechaduras digitais funcionam em um sistema "stand alone", ou seja, funcionam com sistema próprio sem necessidade de conexão com Wi-Fi.

Isso aumenta a segurança, já que o dispositivo não está ligado a uma rede. "Nessas fechaduras, toda a programação é feita nela própria e não dá para alguém, por exemplo, colocar um pendrive e puxar imagens de impressão digital, por segurança".

As fechaduras que abrem por aplicativo podem estar conectadas tanto no Bluetooth do celular, que também não envolve uma rede, quanto na internet. Neste caso, a conexão é criptografada.

Vale a pena ter uma fechadura eletrônica?

Considerando os principais aspectos das fechaduras eletrônicas, eis a pergunta que não quer calar: vale a pena ter o dispositivo?

A resposta é: depende. Mais modernos, os dispositivos apresentam várias vantagens, como a praticidade de não depender de chaves e os recursos de segurança.

No entanto, esses benefícios vêm com alguns contras, como o custo elevado e a assistência pouco fácil de ser localizada, apesar de algumas fabricantes até oferecerem o atendimento especializado para os seus produtos.

Contudo, se considerarmos uma casa - onde o dispositivo pode ser instalado apenas na porta de entrada, diferente do que acontece em empresas e hotéis -, a opção fica mais atraente, devido aos recursos de segurança antiarrombamento, que podem dispensar o custo mensal com sistemas de segurança 'tradicionais'.

Em resumo, tudo vai depender da quantidade de segurança e praticidade que você quer para a sua casa e do preço que o seu bolso consegue pagar.

Estadão
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