Fenômeno STEVE, "primo" raro da aurora boreal, aparece no Reino Unido; veja fotos
STEVEs surgem como uma única faixa luminosa lilás e se estendem por centenas de quilômetros, atravessando o céu
No último domingo (5), o fenômeno STEVE (Forte Aprimoramento da Velocidade de Emissão Térmica, em tradução livre) surgiu no céu do Reino Unido. Considerado um mistério para cientistas, a aparição acontece raramente: houve relatos de avistamentos em março e nas Ilhas Shetland em 2021.
O STEVE não é uma aurora, apesar de ser fortemente associado a aurora boreal, e às vezes, os dois ocorrem simultaneamente. Mesmo com a semelhança visual, STEVEs são diferentes.
Em geral, os STEVEs aparecem como uma única faixa luminosa lilás e se estendem por centenas de quilômetros, atravessando o céu. Ontem, a aparição pode ser vista nas regiões de Northumberland, County Durham e Argyll, no Reino Unido.
O fotógrafo Owen Humphreys compartilhou algumas imagens em seu perfil na rede social X.
First one of these I’ve ever captured in the UK called a “STEVE” Nature at its very best last night putting on its own fireworks https://t.co/qjUIiJ7xew 📸📸📸 @TamithaSkov more pictures @PA @ChronicleLive @StormHour #northernlights #aurora pic.twitter.com/kLlXqpdfU4
— Owen Humphreys (@owenhumphreys1) November 6, 2023
O que explica?
As auroras ocorrem na interação de partículas solares carregadas e moléculas na atmosfera superior da Terra, enquanto STEVEs aparecem muito mais baixo no céu, na região sub-auroral. Cientistas acreditam que esse fenômeno é composto por uma corrente de partículas extremamente quentes e de movimento rápido.
O Goddard Space Flight Center da Nasa tem estudado os eventos usando imagens do solo junto com satélites. As auroras acontecem globalmente em forma oval, enquanto STEVE aparece como uma faixa e dura de 20 minutos a uma hora antes de sumir do céu.
Como os eventos ocorrem de forma imprevisível e duram pouco tempo, podem ser difíceis de fotografar. O fenômeno foi relatado no Reino Unido, Canadá, estados do norte dos EUA e na Nova Zelândia, de acordo com a Nasa.
O nome para o acontecimento foi inspirado em um diálogo da animação Os Sem Floresta, lançado em 2006, em que os animais acordam da hibernação e se deparam com um fenômeno impressionante, uma cerca de jardim, e decidem chamá-la de "Steve" para se sentirem menos medo.