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Fofocar pode ser um hábito benéfico para as interações humanas, segundo estudo

Pesquisadores usaram um modelo matemático para prever como pessoas se comportam em meio a uma fofoca e o que motiva a contar a verdade ou contar uma mentira

4 out 2022 - 12h22
(atualizado às 13h54)
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Foto: Vitolda Klein/Unsplash / Canaltech

Fofocar pode ser um hábito mal visto, mas cientistas apontam, em um novo estudo, que isso pode ser benéfico para as interações humanas. Segundo o artigo da Philosophical Transactions of the Royal Society B Biological Sciences, pode ser uma boa maneira de julgar a confiabilidade de outra pessoa, por exemplo. Assim, se alguém compartilhar informações falsas sobre um terceiro para benefício pessoal, o ouvinte poderá detectar as mentiras e passar a desconfiar.

Além disso, se alguém compartilhar informações verdadeiras sobre um terceiro, isso pode melhorar a confiança entre os indivíduos, promovendo e sustentando a cooperação do grupo e o trabalho em equipe. Pode parecer excêntrico, mas para chegar a essa conclusão, os pesquisadores usaram um modelo matemático.

A partir do modelo, os pesquisadores simulavam fofocas como um triângulo. Uma base de canto do triângulo é o fofoqueiro, a outra base de canto é o destinatário e o topo do triângulo é a terceira pessoa de quem está falando enquanto não está presente. Esse modelo foi então usado para explorar quatro interações sociais distintas usando interações que capturavam possíveis repercussões da fofoca.

Com a modelagem, os pesquisadores descobriram que, em geral, os fofoqueiros decidiram ser honestos quando compartilhavam um objetivo com as outras duas partes. No entanto, quando seus objetivos eram incompatíveis com o destinatário e o alvo das fofocas, eles eram muito mais propensos a mentiras.

Entretanto, os próprios pesquisadores alertam que os modelos utilizados pelos pesquisadores são apenas teóricos e não refletem a complexidade das interações sociais porque se baseiam em várias suposições. De qualquer forma, os pesquisadores encontraram evidências de que as pessoas podem tomar decisões sobre mentir ou não em meio à fofoca, dependendo da situação e de como isso lhes convém.

Fonte: Philosophical Transactions of the Royal Society B Biological Sciences via Science Alert

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