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Fones podem ajudar bactérias a se proliferarem em seus ouvidos

Usar fones de ouvido, tanto intra-auriculares quanto over-the-ear, pode aumentar proliferação de bactérias, mas os micróbios não costumam fazer mal aos humanos

15 nov 2023 - 12h01
(atualizado às 15h07)
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Vários estudos apontam que o uso de fones de ouvido ajuda na proliferação de bactérias no canal auditivo, já que selam um ambiente já propício para a propagação de microorganismos. Mas calma — não há razão para sentir nojo ou desespero, já a presença bacteriana é normal nos ouvidos e em outras partes do corpo, e não há estudos apontando para malefícios vindos desses micróbios.

Foto: rawpixel.com/Freepik / Canaltech

O ouvido interno dos seres humanos é um local escuro, úmido e cheio de pele morta e oleosidade, o que já agrada à maioria das bactérias. Quando utilizamos fones de ouvido, tapamos a entrada e deixamos o ambiente mais propício para o crescimento das pequenas criaturas, já que a temperatura aumenta e microorganismos externos são barrados.

Os fones de ouvido selam uma região que já é escura, úmida e repleta de oleosidade e pele morta, dando um local ótimo para a habitação de diversos tipos de bactéria (Imagem: Zinkevych_D/Envato)
Os fones de ouvido selam uma região que já é escura, úmida e repleta de oleosidade e pele morta, dando um local ótimo para a habitação de diversos tipos de bactéria (Imagem: Zinkevych_D/Envato)
Foto: Canaltech

Em um estudo realizado em 2008, cientistas da Universidade Manipal, na Índia, descobriram que o uso frequente dos fones intra-auriculares de fato aumentava o número de bactérias nos ouvidos, em especial as cepas de estafilococos, um tipo de bactéria de pele bastante comum. Já em 1992, o Instituto de Pesquisas Navais de Bethesda, nos Estados Unidos, descobriu que os fones grandes utilizados em aviões, que tampam a orelha toda, tinham 11 vezes mais bactérias após serem usados por apenas uma hora.

Ter bactérias nos ouvidos é normal

Embora a quantidade de bactérias pareça um pouco preocupante, os fones de ouvido do estudo americano foram esterilizados antes do uso, começando com uma população baixa de microorganismos. Do ponto de vista científico, o aumento em 11 vezes dos micróbios também representa um número consideravelmente baixo em termos absolutos.

Outro aspecto importante é que o aumento bacteriano observado foi rápido demais para ter sido causado pela reprodução dos microscópicos seres dos fones — segundo os autores da pesquisa, é provável que a maioria das bactérias já estava presente nas camadas de pele mais profundas e nas glândulas sebáceas que produzem a cera de ouvido. As condições escuras e aquecidas dos fones de ouvido nada mais fizeram do que encorajar a saída dos microorganismos.

As bactérias gostam de locais quentes, úmidos e escuros para se proliferarem, mas nem todas são nocivas aos seres humanos — muitas até nos ajudam em funções corporais, como a digestão (Imagem: maxxyustas/envato)
As bactérias gostam de locais quentes, úmidos e escuros para se proliferarem, mas nem todas são nocivas aos seres humanos — muitas até nos ajudam em funções corporais, como a digestão (Imagem: maxxyustas/envato)
Foto: Canaltech

Para trazer um pouco mais de tranquilidade a esse conhecimento, um estudo de 2002 feito em trabalhadores de um Call Center da Malásia não verificou nenhuma ligação entre o uso de fones e infecções nos ouvidos. Os germes presentes no órgão já o habitam normalmente, e nossos ouvidos já estão preparados para a sua presença.

Alguns estudos sugerem, no máximo, que tirar e colocar fones de ouvido intra-auricular com frequência pode aumentar abrasões na pele, criando machucados que permitem a entrada de bactérias nocivas que podem causar infecções e otites. Isso, no entanto, ainda precisa ser estudado a fundo, já que não há, no momento, evidências inegáveis de que ocorra.

Fonte: Online Journal of Health and Allied Sciences, The Laryngoscope, The Malaysian Journal of Medical Sciences

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