Fortnite volta a iPhones na UE e globalmente no Android
O jogo de tiro multijogador
está disponível novamente em iPhones na União Europeia e em todo o mundo em dispositivos Android após um intervalo de quatro anos causado e após ações legais tomadas pela União Europeia, anunciou a desenvolvedora Epic Games nesta sexta-feira.
O Fortnite, criado pela Epic, um estúdio sediado nos EUA, e que conta com investimento da chinesa Tencent, foi lançado em 2017 e seu formato de "battle royale" tornou-se um sucesso instantâneo, atraindo milhões de jogadores dedicados.
Mas em agosto de 2020, Apple e Google removeram o Fortnite de suas lojas de aplicativos por violar regras de pagamentos, o que levou a vários processos judiciais que questionaram as regras de cobrança de comissões de até 30% das lojas de apps.
Na época da proibição, a Epic tinha 116 milhões de usuários apenas na plataforma da Apple.
A lei Digital Markets Act (DMA) da UE passou a permitir que a Epic lance sua loja de jogos no bloco, embora a Apple ainda bloqueie o acesso de usuários fora da Europa ao Fortnite e à loja de jogos da rival, disse a empresa.
"Estamos muito gratos à Comissão Europeia não apenas por aprovar a DMA e permitir a concorrência entre as lojas, mas também por ter entrado em ação e pressionado Apple e Google para garantir que eles não possam simplesmente obstruir a concorrência", disse o presidente-executivo da Epic, Tim Sweeney.
"Eles estavam se esforçando muito para nos desacelerar e tentaram nos impedir várias vezes, mas a Comissão Europeia sempre se mobilizou e garantiu que os concorrentes pudessem entrar no mercado", disse ele.
A loja está sendo lançada com Fortnite, Rocket League Sideswipe e o novíssimo Fall Guys para celular. A Epic também está trabalhando com outros desenvolvedores para lançamento de jogos e aplicativos em sua loja.
A Epic, que tem 75 milhões de usuários ativos mensais em sua loja para PC, espera adicionar 100 milhões de novos usuários de dispositivos móveis até o final do ano.
"Provavelmente perdemos mais de 1 bilhão de dólares de receita ao perder o acesso à base de clientes iOS em todo o mundo por quatro anos, mas qual é o custo da liberdade?", disse Sweeney.