Fóssil de dinossauro é visto em material descoberto há 25 anos no RS
Escavação feita em 1998 descobriu o primeiro fóssil, mas só agora pesquisadores identificaram um dinossauro menor
Uma equipe de pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul, descobriu um fóssil de dinossauro com outro material, que havia sido escavado há 25 anos.
Chamado de Unaysaurus tolentinoi, o animal habitou a região há cerca de 225 milhões de anos, no Período Triássico. Os resultados do estudo foi publicado na revista científica The Anatomical Record.
- Em 1998, o morador Tolentino Flores Marafiga notificou a equipe de paleontologia da UFSM sobre a presença de um possível material fóssil em uma estrada na localidade de Água Negra;
- No local, os paleontólogos constataram que a descoberta se tratava de um esqueleto fóssil de um dinossauro ainda desconhecido;
- Após ser escavado e estudado, o dinossauro foi batizado em 2004 como Unaysaurus tolentinoi, o “Lagarto de Água Negra do Tolentino”;
- No meio do primeiro fóssil, pesquisadores notaram algo diferente.
Novo fóssil
Durante os anos seguintes, cientistas analisaram os fósseis do Unaysaurus tolentinoi para avaliar características e desenvolver estudos. Mas o que ninguém notou, até o início deste ano, é que havia algo escondido entre os restos do dinossauro: um novo fóssil.
Em meio a alguns materiais fragmentários, o paleontólogo do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (CAPPA), Rodrigo Temp Müller, identificou ossos muito pequenos que não poderiam pertencer ao espécime de U. tolentinoi que já havia sido identificado.
Após revisar todos os achados, ele concluiu que havia elementos pertencentes a um pé e algumas vértebras de um outro dinossauro misturados aos restos do Unaysaurus tolentinoi.
Um estudo minucioso da anatomia desses novos fósseis revelou que eles pertenceram a uma versão juvenil da espécie.
Em um comunicado, a equipe escreveu que, como o novo fóssil preserva algumas estruturas até então desconhecidas para o esqueleto do dinossauro, a anatomia da espécie passa a se tornar um pouco mais conhecida.
E como os dois indivíduos estavam associados, a descoberta revela que esses dinossauros podem ter vivido em grupos com indivíduos de diferentes estágios de desenvolvimento.