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Fraco ou guerreiro? Tutancâmon é revelado como faraó vigoroso em estudo

Uma teoria controversa de que o famoso faraó era mais ativo e móvel do que se pensava anteriormente

12 jun 2023 - 12h21
(atualizado às 12h23)
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Especialistas sugerem uma nova teoria controversa de que o famoso faraó era mais ativo e móvel do que se pensava anteriormente.
Especialistas sugerem uma nova teoria controversa de que o famoso faraó era mais ativo e móvel do que se pensava anteriormente.
Foto: Wikipedia

Uma reviravolta na história do Egito está sendo proposta por especialistas que acreditam que Tutancâmon, faraó antes conhecido por ser um adolescente-rei doente, era, na verdade, um guerreiro bravo. Durante o Cheltenham Science Festival, que aconteceu no Reino Unido, entre 6 e 11 de junho, estudiosos fizeram a afirmação.

Tutancâmon entrou para o folclore histórico como o faraó mais famoso do Egito, mas frágil e deformado, com um pé torto.

Ele foi enterrado com cerca de 130 bastões completos e fragmentados de várias formas e desenhos, que foram sugeridos como bengalas para ajudar em sua mobilidade.

Nova revisão

Três especialistas disseram durante o festival que essa afirmação pode estar errada. De acordo com a  egiptóloga biomédica Sofia Aziz, quando ela estudou Tutancâmon não pensou que houvesse qualquer evidência de que ele fosse deficiente, porque havia múmias onde parecia haver um pé torto. As informações foram reveladas pelo Daily Mail.

"Chamamos essas mudanças de pseudo-patológicas. As bengalas eram apenas um sinal de realeza", disse.

  • Ela argumenta que o 'pé torto' pode de fato ter sido causado durante o processo de mumificação, onde a aplicação de resina e curativos apertados podem distorcer a forma do pé;
  • Um osso médio muito comentado no segundo dedo do pé esquerdo, pode ter desaparecido depois que seus restos mortais foram transferidos para uma caixa de areia ou simplesmente levado por alguém como lembrança;
  • O corpo de Tutancâmon é tão famoso porque esteve intacto por quase 3.000 anos após sua morte, sem que a tumba fosse saqueada por ladrões de túmulos como os de muitos outros.

Ainda durante a palestra, a egiptóloga afirmou que as pernas do rei "estavam tão bem alinhadas — e se ele tivesse uma deformidade, se tivesse um pé torto, teria dificuldade para andar".

No entanto, os ossos longos não mostram nenhuma evidência disso. Caso contrário, os da perna mostrariam sinais de estresse se alguém tivesse passado anos mancando.

Teorias

Há mais de 10 anos chegaram à conclusão de que Tutancâmon morreu devido à infecção de uma ferida, e que era difícil para o faraó andar devido a ferimentos nos pés. 

Mas Aziz acredita que Tutancâmon poderia se mover normalmente.

Segundo ela, foram colocados no túmulo do monarca os itens de que ele precisaria na vida após a morte, como grandes estoques de vinho e várias carruagens.

“Também foi encontrada uma armadura na tumba de Tutancâmon, o que significa que o governante do Antigo Egito ainda era mais um faraó guerreiro e provavelmente bebia muito vinho”, diz Aziz.

Por fim, argumenta que um acidente poderia ter ocorrido durante a condução de uma carruagem devido ao fato de Tutancâmon estar dirigindo o veículo embriagado.

Como resultado desse acidente, o governante do Antigo Egito pode ter machucado a perna e adquirido uma ferida aberta. E com isso, o faraó poderia ter sofrido danos nos pés antes de sua morte.

Para provar essa teoria, Aziz acredita que é necessário realizar um novo estudo com bastante danificado, embora preservado, DNA de Tutancâmon, além de um estudo mais aprofundado de seus órgãos internos.

"Isso nos permitirá estabelecer com mais precisão a causa da morte do faraó, embora seja muito difícil fazer isso depois de 3.000 anos", afirmou.

Fonte: Redação Byte
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