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Fumaça de cigarro pode causar doenças de pele em não fumantes, diz ciência

Partículas que ficam em superfícies mesmo após o fumo podem causar doenças de pele e até aumentar as chances de câncer

18 nov 2022 - 12h26
(atualizado às 12h28)
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Termo THS (fumaça de terceiros, na tradução da sigla) é usado para se referir aos poluentes residuais da fumaça do tabaco
Termo THS (fumaça de terceiros, na tradução da sigla) é usado para se referir aos poluentes residuais da fumaça do tabaco
Foto: Lilartsy / Unsplash

Um estudo realizado por cientistas da Universidade da Califórnia (EUA) descobriu que resíduos deixados pela fumaça do cigarro podem aumentar o risco de doenças de pele como psoríase e dermatite de contato. Segundo a pesquisa, até mesmo os não fumantes que compartilham o mesmo ambiente que fumantes podem ser afetados.

Os cientistas usam o termo THS (fumaça de terceiros, na tradução da sigla) para se referir aos poluentes residuais da fumaça do tabaco que permanecem nas superfícies depois do fumo. Além de problemas de pele, a exposição aguda ao TSH pode favorecer o aparecimento de câncer, doenças cardíacas e aterosclerose.

O estudo, publicado recentemente na revista eBioMedicine, foi o primeiro a ser conduzido em pessoas que foram expostas ao THS por meio da pele. Dez pessoas saudáveis, não fumantes, com idades entre 22 e 45 anos, usaram roupas impregnadas com o resíduo por três horas, eventualmente caminhando em uma esteira para aumentar a transpiração e potencializar a absorção da fumaça pela pele. 

Outro grupo de participantes passou pelo mesmo procedimento utilizando roupas limpas, sem THS. Depois, foram colhidas amostras de sangue e urina dos indivíduos para verificar alterações nas proteínas e indicações de estresse oxidativo, uma espécie de dano celular.

“Descobrimos que a exposição aguda à THS causava elevação dos biomarcadores urinários de danos oxidativos ao DNA, lipídios e proteínas, e esses biomarcadores permaneceram altos após o término da exposição”, disse Sakamaki-Ching, cientista pesquisador da Kite Pharma na Califórnia.

“Os fumantes de cigarro mostram a mesma elevação nesses biomarcadores. Nossas descobertas podem ajudar os médicos a diagnosticar pacientes expostos à THS e ajudar a desenvolver políticas regulatórias que lidem com a remediação de ambientes internos contaminados com THS”.

Prue Talbot, professora de biologia celular e coautora do artigo, explicou que a nossa pele é o maior órgão a entrar em contato com a fumaça. Portanto, pode receber a maior exposição.

Ela aponta uma falta geral de conhecimento sobre as respostas da saúde humana à exposição à fumaça de terceiros.  “Se você compra um carro usado que pertenceu a um fumante, você está colocando sua saúde em risco. Se você for a um cassino que permite fumar, estará expondo sua pele ao THS. O mesmo se aplica a ficar em um quarto de hotel que antes era ocupado por um fumante.”

Fonte: Redação Byte
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