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Fumaça do carro pode mudar conectividade do cérebro em apenas 2 horas, diz estudo

Pesquisas anteriores indicaram que a conectividade cerebral está associada à diminuição da memória e desempenho no trabalho

30 jan 2023 - 17h16
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Conectividade do cérebro pode estar sendo afetada por poluição dos carros
Conectividade do cérebro pode estar sendo afetada por poluição dos carros
Foto: Pixabay

Um novo estudo da Universidade da Columbia Britânica (UCB) e da Universidade de Victoria, descobriu que respirar fumaça de escapamento de carro pode impactar a forma como o cérebro das pessoas está conectado dentro de apenas duas horas. 

A pesquisa foi feita com base em um estudo no sistema "duplo-cego", com 25 adultos saudáveis. Eles foram expostos à poluição do carro em um ambiente de laboratório em uma das etapas, e em outro estágio, a um ar filtrado e limpo. 

Antes e depois dos exames, foram realizados exames cerebrais, e depois da exposição ao ambiente poluído, os cérebros demonstraram conectividade reduzida na rede de modo padrão (DMN), um conjunto de regiões cerebrais ligadas que são mais ativas quando nos envolvemos em pensamentos como introspecção e lembranças.

Esse tipo de descoberta nunca tinha sido registrada antes e, até o momento, não se sabe o quanto isso pode afetar o poder do cérebro. Estudos anteriores, porém, já indicaram que a conectividade cerebral está associada à diminuição da memória e desempenho no trabalho. 

"É preocupante ver a poluição do tráfego interrompendo essas mesmas redes", comentou a neuropsicóloga Jodie Gawryluk, da Universidade de Victoria.

"Embora mais pesquisas sejam necessárias para entender completamente os impactos funcionais dessas mudanças, é possível que elas prejudiquem o pensamento ou a capacidade de trabalho das pessoas", completou.

É preciso dimensionar o problema

99% das pessoas no mundo respiram níveis inseguros de poluição do ar
99% das pessoas no mundo respiram níveis inseguros de poluição do ar
Foto: Pixabay

A boa notícia foi que, assim que as pessoas eram colocadas novamente no ar limpo, as modificações cerebrais eram desfeitas. Mas há uma possível rota pela qual a exposição crônica à poluição do ar pode ter efeitos nocivos ao cérebro.

Até 99% das pessoas no mundo respiram a níveis inseguros de poluição do ar, e na China, estudos já ligaram a poluição do ar a piores pontuações em testes linguagem e matemática. A Cidade do México, que sofre de intensa poluição, foi protagonista de um estudo que encontrou nanopartículas metálicas de poluição do ar no cérebro dos habitantes. 

Em 2022, confirmou-se que tais partículas, quando inaladas, podem contornar a barreira protetora do cérebro, a qual se pensava que mantinha o material fora dele. 

Antes de os EUA proibirem o gás com chumbo, por exemplo, estima-se que 170 milhões de americanos ou mais respiraram os vapores tóxicos, o que resultou numa perda de pontuação de QI de 824 milhões de pontos – quase três por pessoa. Agora, também é preciso avaliar quais danos a poluição dos carros está causando.

Fonte: Redação Byte
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