Funcionários judeus do TikTok denunciam antissemitismo no trabalho
Relatório revela acusações de condições hostis e discriminação antissemita na empresa chinesa desde o início do conflito com o Hamas
Funcionários judeus e israelenses do TikTok acusam a empresa de criar um ambiente de trabalho tóxico e permitir manifestações de antisemitismo internamente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, segundo relatório recente da Fox Business.
O relatório, baseado em entrevistas anônimas com funcionários do TikTok de várias localidades, incluindo Estados Unidos e Reino Unido, detalha que sentimentos anti-israelenses e antissemitas são expressos livremente no sistema de mensagens interno da empresa, conhecido como "Lark".
Funcionários relatam se sentir desprotegidos e obrigados a lutar por reconhecimento e segurança e que a rede social não teria oferecido o apoio adequado.
A polêmica se intensificou após a viralização de influenciadores no TikTok elogiando Osama bin Laden e a celebração dos atos do Hamas por funcionários da empresa, com base em capturas de tela obtidas pela Fox Business.
Um moderador de conteúdo do Tennessee, por exemplo, endossou um post apoiando o movimento de "Boicote, Desinvestimento e Sanções" contra Israel.
Os funcionários também alegam que a moderação de conteúdo no TikTok tem permitido a propagação de vídeos antissemitas, conteúdos anti-israelenses e desinformação sobre o conflito, enquanto conteúdos pró-palestinos ganham destaque.
Em resposta à Fox Business, um porta-voz do TikTok negou as alegações, afirmando que a empresa possui políticas rigorosas contra discriminação e assédio, e que todos os incidentes relatados são investigados.
A empresa ressaltou seus esforços para combater o ódio e a desinformação na plataforma, incluindo a remoção de mais de um milhão de vídeos relacionados ao conflito. O TikTok também reiterou que suas diretrizes comunitárias são aplicadas igualmente a todo o conteúdo, sem favorecer um lado específico da questão.